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O homem acusado de ser o principal planejador dos ataques da al-Qaeda em 11 de setembro de 2001 se declarou culpado, informou o Departamento de Defesa dos Estados Unidos nesta quarta-feira (31).
Espera-se que Khalid Sheikh Mohammed e dois cúmplices no ataque, Walid Bin ‘Attash e Mustafa al-Hawsawi, assumam a responsabilidade pelo crime na comissão militar da Baía de Guantánamo, em Cuba, na próxima semana.
O acordo dos Estados Unidos com os homens vem mais de 16 anos após a acusação de responsabilidade deles pelos atentados, e mais de 20 anos depois de militantes tomarem controle de voos comerciais e lançarem-nos contra edifícios, matando quase 3 mil pessoas.
Famílias das vítimas afirmam que querem ver os homens assumirem formalmente a culpa. Autoridades do Pentágono negaram divulgar os termos do acordo. De acordo com o New York Times, citando fontes anônimas do Pentágono, os termos incluem a condição de longa data dos homens serem poupados da pena de morte.
Os acusados compareceram a audiências pré-julgamento de pena de morte. Advogados de defesa argumentaram que os interrogatórios conduzidos pelo FBI deveriam ser considerados inválidos, pois os acusados foram torturados enquanto estavam sob custódia.
Khalid Sheikh Mohammed, também conhecido pelas iniciais KSM, é amplamente reconhecido como o suposto cabeça por trás dos ataques de 11 de setembro. O paquistanês de 56 anos, criado no Kuwait, teria sido o primeiro a sugerir a Osama bin Laden que utilizasse voos comerciais como mísseis contra prédios.
Em 1993, ele conspirou com seu sobrinho para detonar um carro-bomba no estacionamento do World Trade Center. Mohammed foi capturado no Paquistão em 2003 e levado para prisões secretas operadas pela CIA no Afeganistão, antes de ser transferido para Guantánamo em 2006. Em 2007, ele afirmou em uma audiência a portas fechadas que era responsável por diversos ataques, incluindo 11 de setembro e bombardeios da al-Qaeda em Bali e no Quênia.
Bin ‘Attash teria auxiliado Mohammed a planejar os ataques e enviar dinheiro aos responsáveis pelos sequestros das aeronaves, enquanto al-Hawsawi teria ajudado os sequestradores em viagens e transferências financeiras.
Além dos três, Ali Abdul Aziz Ali e Ramzi Bin al-Shibh também foram acusados e indiciados em junho de 2008 e novamente em maio de 2012, pelo suposto envolvimento nos atentados de 2001. Ali e al-Shibh não fizeram acordos até o momento.