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A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) condenou a repressão violenta da ditadura socialista de Nicolás Maduro contra manifestantes que questionam a falta de transparência nas eleições na Venezuela.
Em nota pública, a organização denunciou que a repressão tem sido realizada por grupos civis armados, conhecidos como “colectivos”, com o apoio da ditadura de Maduro, seguindo padrões semelhantes aos observados em 2014 e 2017.
A CIDH destacou que a atuação desses grupos pode resultar em responsabilidade internacional para a Venezuela devido à sua tolerância, colaboração ou aquiescência com as violações dos direitos humanos.
A nota revela que houve intervenções violentas em pelo menos 115 manifestações, que resultaram em mais de 40 feridos e 11 mortos, incluindo dois adolescentes.
O documento sublinha que as armas de fogo devem ser excluídas das operações de controle de protestos sociais para evitar a violência letal e reforça a importância de garantir a liberdade de expressão. Menciona também que, no contexto pós-eleitoral, pelo menos 1.062 pessoas foram presas, incluindo menores de idade e líderes da oposição, como o ex-deputado Freddy Superlano.
Além disso, a CIDH fez um apelo à comunidade interamericana para que mantenha vigilância e ative seus canais diplomáticos bilaterais e multilaterais de forma coordenada. Entre os pedidos estão a interrupção imediata das práticas que violam os direitos humanos e a cessação da criminalização de participantes e apoiadores dos protestos.
A Comissão também solicitou que a Venezuela avance com investigações independentes, imparciais e transparentes, responsabilizando os envolvidos nas alegadas fraudes.
A CIDH se ofereceu para intermediar um diálogo entre atores internacionais visando uma solução duradoura para a crise democrática que persiste no país há mais de 20 anos.