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Um homem paquistanês foi acusado de orquestrar um complô para realizar assassinatos políticos nos Estados Unidos, conforme informou o Departamento de Justiça dos EUA nesta terça-feira. As autoridades descreveram o caso como mais um na série de tentativas de assassinato por encomenda contra figuras públicas americanas.
O complô foi frustrado pelo FBI. O principal suspeito é Asif Merchant, que chegou a Nova York em abril com o objetivo de contratar assassinos, aos quais pagou um adiantamento de 5.000 dólares; no entanto, os supostos assassinos eram, na verdade, agentes encobertos. Ele foi preso no mês passado antes de conseguir deixar o país.
Embora os documentos judiciais não revelem os nomes dos possíveis alvos, o caso foi desclassificado pouco depois que funcionários americanos alertaram sobre uma ameaça do Irã contra a vida do ex-presidente Donald Trump, o que levou a um aumento nas medidas de segurança antes de um comício na Pensilvânia no mês passado, onde Trump foi ferido por um tiro.
Esse tiroteio, realizado por um jovem de 20 anos da Pensilvânia, não estava relacionado com a ameaça iraniana e também não tem conexão com a tentativa de assassinato de Trump.
Merchant foi detido no dia 12 de julho, um dia antes do comício em que Trump foi ferido, e as instruções que ele deu aos supostos assassinos eram para que os assassinatos ocorressem em agosto ou setembro, depois que ele tivesse deixado o país.
As autoridades federais identificaram Merchant como um cidadão paquistanês que havia mencionado ter esposa e filhos no Irã. Ele viajava frequentemente para o Irã, Síria e Iraque, de acordo com o Departamento de Justiça.
Presunta Vingança Iraniana
Há anos, funcionários americanos alertam sobre o desejo do Irã de se vingar pelo assassinato de Qassem Soleimani em 2020, líder da Força Quds do Corpo dos Guardiães da Revolução Islâmica do Irã, um ataque ordenado por Trump.
O Procurador-Geral Merrick Garland destacou em um comunicado: “O Departamento de Justiça não medirá esforços para interromper e responsabilizar aqueles que tentam realizar os complôs letais do Irã contra cidadãos americanos e não tolerará tentativas de um regime autoritário de atacar funcionários públicos americanos e ameaçar a segurança nacional dos EUA”.
A prisão e o desmantelamento do complô ocorreram em um contexto de tensões persistentes entre os EUA e o Irã, agravadas após a eliminação de Soleimani. Ao longo desses anos, vários funcionários americanos foram alvo de ameaças que, segundo as autoridades, foram impulsionadas pela vingança do regime iraniano.
A diretora-adjunta interina do FBI em Nova York, Christie Curtis, destacou a “dedicação e os esforços formidáveis” dos agentes, analistas e procuradores nas cidades de Nova York, Houston e Dallas, conforme relatado pela Fox News.
Curtis acrescentou: “O sucesso em neutralizar essa ameaça não apenas evitou um desfecho trágico, mas também reafirma o compromisso do FBI em proteger nossa nação e seus cidadãos contra ameaças nacionais e internacionais”.
À medida que o caso avança, surgem debates sobre a eficácia e a previsibilidade das políticas de segurança e antiterrorismo nos EUA. Alguns analistas, consultados por veículos como a NBC News, sugerem que o aumento de detenções e complôs frustrados pode indicar um maior sucesso na prevenção de terrorismo, mas também alertam sobre a crescente sofisticação e adaptação dos atores mal-intencionados.
A comunidade internacional observa atentamente, pois casos como o de Merchant têm implicações globais em termos de segurança, diplomacia e direitos humanos. A posição do Irã no mapa geopolítico é afetada por cada incidente, e as respostas da comunidade internacional moldam as dinâmicas futuras entre Estados soberanos e ameaças transnacionais.
(Com informações da AP)