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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, rejeitou a proposta de realizar novas eleições no país, em uma entrevista concedida nesta quinta-feira (15). Maduro classificou a sugestão feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e endossada pelo presidente colombiano Gustavo Petro como uma tentativa de intervenção nos assuntos internos da Venezuela.
A ideia de novas eleições na Venezuela ganhou destaque internacional após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ser questionado por uma jornalista sobre a possibilidade de um novo pleito. Inicialmente, Biden parecia concordar com a proposta, mas uma fonte do governo americano depois esclareceu que o presidente não havia compreendido corretamente a pergunta.
Maduro criticou a postura de Biden, afirmando que os Estados Unidos estão tentando se tornar a autoridade eleitoral da Venezuela. “Eu rejeito absolutamente que os Estados Unidos estejam tentando se tornar a autoridade eleitoral da Venezuela”, declarou o presidente venezuelano.
Embora não tenha mencionado diretamente o presidente Lula, Maduro apontou que a Venezuela não comentou alegações de fraude nas eleições brasileiras de 2022, associadas aos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Além disso, Maduro afirmou que está focado em fortalecer as relações diplomáticas com a Colômbia e prefere evitar opinar sobre questões internas do país vizinho.
A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, também criticou a proposta de Lula, considerando-a uma “falta de respeito”. Em sua declaração, Machado questionou a validade de realizar novas eleições repetidamente até que um resultado desejado seja alcançado, comparando a situação com a aceitação de múltiplas eleições em outros países.
As eleições na Venezuela ocorreram em 28 de julho, quando o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarou Nicolás Maduro reeleito para um terceiro mandato. No entanto, a oposição afirma que Edmundo González foi o verdadeiro vencedor, com base em documentos das urnas eleitorais.
A comunidade internacional tem solicitado a divulgação das atas das urnas para garantir transparência no processo eleitoral. Países como Brasil e Estados Unidos ainda não reconheceram a vitória de Maduro e continuam pressionando as autoridades venezuelanas para fornecer clareza sobre os resultados.