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O artista chinês Gao Zhen, conhecido por suas obras críticas à Revolução Cultural, foi detido próximo a Pequim no dia 26 de agosto. A prisão ocorreu sob a acusação de insultar heróis e mártires revolucionários, conforme relatou seu irmão e parceiro artístico, Gao Qiang.
Segundo Qiang, cerca de 30 policiais invadiram o estúdio dos irmãos, apreenderam diversas obras de arte e prenderam Gao Zhen após ele se recusar a entregar seu celular. Até o momento, as autoridades chinesas não se manifestaram sobre o incidente.
Gao Zhen havia deixado a China há dois anos para residir permanentemente nos Estados Unidos, mas estava de visita à família na província de Hebei quando foi detido, conforme informado por seu irmão em uma postagem no Facebook.
Os irmãos Gao são renomados por suas críticas ao antigo ditador comunista Mao Tsé-Tung e à Revolução Cultural dos anos 1960 e 1970.
Desde a década de 1980, eles têm recebido reconhecimento internacional por trabalhos como “A Culpa de Mao”, uma estátua de bronze que representa o ex-ditador ajoelhado em um gesto de arrependimento; “A Execução de Cristo”, que retrata Jesus enfrentando um pelotão de fuzilamento composto por figuras de Mao; e “Senhorita Mao”, uma série de estátuas que apresenta Mao com características exageradas, como seios grandes e narizes proeminentes.
Desde 2021, a paródia ou o insulto aos “heróis e mártires” revolucionários da China é considerado um crime, conforme um código penal recentemente alterado sob uma campanha do ditador comunista chinês, Xi Jinping, com penas de até 3 anos de prisão.