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Nove membros de uma mesma família morreram em um bombardeio israelense que atingiu a cidade de Shebaa, no sul do Líbano, nesta sexta-feira (27). O ataque deixou um total de 25 mortos, incluindo quatro crianças, conforme informou o prefeito da cidade, Mohammad Saab.
As Forças Armadas de Israel relataram que o Hezbollah lançou mísseis contra Haifa, a terceira maior cidade de Israel, que se tornou alvo do grupo terrorista libanês desde o início da escalada do conflito entre as duas partes.
Israel tem bombardeado regiões do Líbano há uma semana, marcando uma nova fase no conflito no Oriente Médio que já resultou em mais de 700 mortes.
O governo israelense afirma que o alvo dos ataques é o Hezbollah, um grupo extremista financiado pelo Irã e fundado no Líbano com o objetivo de combater Israel.
A intensificação dos ataques entre os dois lados, que se tornaram frequentes desde o início da guerra na Faixa de Gaza há quase 1 ano, foi desencadeada por explosões em série de equipamentos de comunicação de membros do Hezbollah, que responsabilizam Israel pelos ataques.
A atual semana de bombardeios também gerou um êxodo sem precedentes no Líbano desde a guerra de 2006. Nesta sexta, a ACNUR, agência da ONU para refugiados, informou que mais de 30 mil pessoas fugiram de diversas regiões do Líbano em direção à Síria nas últimas 72 horas.
Outros milhares tentam deixar o país, mas dezenas de companhias aéreas suspenderam operações nos aeroportos libaneses.
O Itamaraty afirmou que está em contato com brasileiros interessados em retornar ao Brasil, considerando que há cerca de 21 mil cidadãos brasileiros residindo no Líbano, a maior comunidade brasileira no Oriente Médio.
Ainda nesta sexta, o irmão de um adolescente brasileiro de 15 anos que morreu junto com o pai em um dos bombardeios israelenses chegou ao Brasil e compartilhou sua experiência, relatando que a família foi atingida durante o ataque.
Em suas palavras, “não dava para respirar”, afirmou ele ao falar com jornalistas no aeroporto de Foz do Iguaçu.
Do lado israelense, milhares de pessoas no norte foram forçadas a deixar suas casas devido ao lançamento de mísseis e foguetes pelo Hezbollah. O governo israelense garantiu que esta nova fase do conflito só terminará quando os moradores puderem retornar em segurança.
Diante da situação, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu rejeitou, na quinta-feira (26), uma proposta de cessar-fogo conjunta apresentada por vários países, incluindo Estados Unidos, Reino Unido e Emirados Árabes.
Em outro ataque nesta sexta, forças israelenses mataram 5 soldados sírios em um bombardeio na região fronteiriça entre Líbano e Síria, segundo informou a agência de notícias estatal da Síria.