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Três pessoas, incluindo uma criança, morreram em um ataque com drones russos na cidade de Sumy, no nordeste da Ucrânia, segundo informaram as autoridades nesta terça-feira.
O ataque, parte de uma ofensiva maciça noturna contra a Ucrânia, teve como alvo um bairro residencial e uma infraestrutura crítica, disse o chefe de pessoal da administração regional, Ihor Kalchenko, em um comunicado na aplicação de mensagens Telegram.
Os serviços de emergência estaduais publicaram um vídeo online mostrando bombeiros no local do ataque em Sumy.
A Rússia negou ter atacado civis em sua invasão em larga escala, iniciada em fevereiro de 2022, mas regularmente lança mísseis e drones em áreas populacionais atrás da linha de frente.
Por outro lado, a Procuradoria Geral da Ucrânia abriu uma investigação criminal sobre a suposta execução de dois membros das Forças Aéreas da Ucrânia, que foram capturados pelas forças russas perto de Selidovo, na região de Donetsk.
Os soldados ucranianos foram detidos no dia 18 de outubro por volta das 14h38 e, em seguida, executados a queima-roupa com armas automáticas, conforme informou a Procuradoria em seu comunicado.
Segundo meios de comunicação locais, os soldados russos, que invadiram uma plantação de árvores perto da cidade de Selidove, forçaram os prisioneiros desarmados a se deitarem de bruços no chão. Eles os mantiveram nessa posição, pressionando-os contra o solo com os pés, e depois de algum tempo, os executaram a curta distância.
“A Procuradoria Regional de Donetsk abriu uma investigação preliminar criminal por violação das leis e costumes de guerra e por homicídio (Artigo 438.2 do Código Penal da Ucrânia)”, indicou o órgão em uma mensagem divulgada no Telegram.
A Procuradoria ucraniana lembrou que “a execução de prisioneiros de guerra é uma flagrante violação das Convenções de Genebra, tipificada como um grave crime internacional”.
Recentemente, também surgiu na internet um vídeo mostrando soldados russos executando simultaneamente 16 prisioneiros de guerra ucranianos em Pokrovsk.
“É o caso mais conhecido e massivo de execução de prisioneiros de guerra ucranianos na linha de frente”, afirmou o procurador-geral ucraniano Andriy Kostin, em um comunicado. “Os assassinatos e a tortura de prisioneiros não são um acidente, mas uma política deliberada”, acrescentou.
A Procuradoria ucraniana explicou que no vídeo é possível ver os prisioneiros de guerra ucranianos saindo de uma área florestal sob controle das forças russas, antes de serem alinhados e, posteriormente, executados. Segundo as autoridades de Kiev, aqueles soldados que ainda mostravam sinais de vida foram “rematados a queima-roupa com fogo automático”.
A Procuradoria também informou que foi documentada a execução em campo de batalha de pelo menos 92 militares ucranianos que se renderam. Esse número incluía os assassinatos registrados perto de Pokrovsk, conforme explicou a assessoria de imprensa do órgão à agência de notícias AFP.
Ambas as partes no conflito se acusaram mutuamente de executar prisioneiros de guerra desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022. No entanto, as autoridades ucranianas afirmaram que esses atos faziam parte de uma estratégia sistemática das tropas russas para semear o terror tanto entre os combatentes quanto na população civil.
Esse incidente foi o mais recente em uma série de denúncias sobre execuções de prisioneiros de guerra durante o conflito entre Rússia e Ucrânia. Em março de 2023, viralizou um vídeo mostrando um soldado ucraniano gritando “¡Glória a Ucrânia!” antes de ser executado por um pelotão de fuzilamento.
A ONU documentou “numerosas violações do direito internacional humanitário” contra prisioneiros de guerra, incluindo execuções sumárias tanto de prisioneiros russos quanto ucranianos. Essas violações foram parte dos crimes de guerra registrados ao longo do conflito.
(Com informações da Reuters e AFP)