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O grupo terrorista libanês Hezbollah anunciou nesta terça-feira a nomeação de Naim Qassem, de 71 anos, como seu novo líder, após a morte de Hassan Nasrallah em um ataque aéreo israelense no mês passado.
Qassem, que durante muitos anos foi o braço direito de Nasrallah, estava liderando o grupo de forma interina desde o assassinato de Nasrallah.
Em comunicado emitido pela liderança do grupo, foi declarado que “de acordo com o mecanismo aprovado para a eleição do secretário-geral, o Conselho da Shura do Hezbollah concordou em escolher Sua Eminência, o xeque Naim Qassem, como secretário-geral do Hezbollah, erguendo o sagrado estandarte nesta jornada, pedindo a Deus Todo-Poderoso que o guie nesta nobre missão à frente do Hezbollah e sua resistência islâmica”.
A nota também destacou o compromisso do grupo, com a nomeação de Qassem, de “trabalharem juntos para alcançar os princípios do Hezbollah e os objetivos de seu caminho, mantendo a chama da resistência acesa e o estandarte erguido até que a vitória seja alcançada”.
É importante observar que Qassem usa um turbante branco, ao contrário de Nasrallah e Hashem Safieddine, cujos turbantes negros indicavam descendência do profeta Maomé.
Pouco mais de um mês após a morte de Nasrallah, o grupo decidiu nomear quem era seu segundo em comando e que havia sido o responsável por fazer os três discursos transmitidos na televisão após a morte do antigo líder, que esteve no comando do Hezbollah por três décadas.
A decisão foi tomada após o Hezbollah confirmar, na semana passada, a morte de Hashem Safi al-Din, chefe do Conselho Executivo do grupo e considerado um dos principais candidatos a suceder o clérigo Nasrallah.
Qassem, cuja localização é desconhecida, foi nomeado vice-líder do Hezbollah em 1991 pelo então secretário-geral do grupo, Abbas al-Musawi, que morreu em um ataque de helicóptero israelense no ano seguinte.
Qassem manteve o cargo quando Sayyed Hassan Nasrallah assumiu a liderança.
Nascido em Beirute, em 1953, em uma família oriunda da vila de Kfar Fila, na fronteira com Israel, o ativismo político de Naim Qassem começou com o Movimento Amal, uma organização xiita libanesa. Ele deixou o grupo em 1979, após a Revolução Islâmica do Irã.
Qassem também participou das reuniões que levaram à fundação do Hezbollah, estabelecido com o apoio da Guarda Revolucionária do Irã em resposta à invasão israelense do Líbano em 1982.
Ele era o membro mais graduado do grupo a continuar aparecendo em público desde que Nasrallah passou a viver mais tempo escondido, após a guerra do Hezbollah contra Israel em 2006.
Qassem é considerado um dos principais porta-vozes do grupo xiita e a figura de mais alto escalão a conceder entrevistas a veículos estrangeiros.
Em setembro, Qassem discursou no funeral de Ibrahim Aqil, alto dirigente do Hezbollah, e de Mahmud Hamad, membro do grupo, que morreram em um ataque israelense. Qassem afirmou que o grupo entrou em uma nova fase em sua batalha com Israel, a qual ele descreveu como uma “batalha aberta de acerto de contas”.
(com informações da EFE, Reuters e AFP)