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Rússia reage à promessa de Trump de “parar as guerras”

(Divulgação)

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A promessa de Donald Trump, vencedor das eleições presidenciais dos Estados Unidos, de acabar com os conflitos internacionais deve ser respaldada por ações concretas assim que ele retornar à Casa Branca, afirmou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.

Durante seu discurso na quarta-feira, quando declarou vitória nas eleições, Trump afirmou também que, durante seu primeiro mandato, de 2017 a 2021, “não tivemos guerras, exceto por termos derrotado o ISIS (Estado Islâmico/IS)”. O presidente de 78 anos rejeitou as alegações de seus opositores de que ele poderia “começar uma guerra” ao retornar ao cargo. “Eu não vou começar uma guerra. Eu vou acabar com as guerras”, insistiu o republicano.

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Quando questionada sobre a promessa de Trump, Zakharova disse à TV russa Russia 24 que “claro, essas teses devem ser seguidas de ações, ações concretas”.

Segundo a porta-voz, a comunidade internacional irá julgar a segunda presidência de Trump com base no que ele fizer, e não no que ele disser.

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Ela também sugeriu que a promessa de Trump de terminar com as guerras externas é um reconhecimento de que os EUA precisam se concentrar em seus próprios problemas.

O ex-presidente russo Dmitry Medvedev reagiu à vitória de Trump, apontando que ele tem “uma qualidade útil” para a Rússia.

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“Como empresário de raiz, ele odeia gastar dinheiro com vários parasitas”, incluindo o governo da Ucrânia, escreveu Medvedev, que agora ocupa o cargo de vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, em seu Telegram.

No entanto, ele acrescentou que não espera que o financiamento dos EUA à Ucrânia pare completamente sob o novo presidente. “Trump pode ser teimoso, mas o sistema é mais forte”, argumentou Medvedev.

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Durante sua campanha contra a rival democrata Kamala Harris, Trump repetidamente afirmou que acabaria com os combates entre a Rússia e a Ucrânia em 24 horas, caso fosse reeleito, mas não explicou como alcançaria isso.

No mês passado, Trump disse que o conflito na Ucrânia era “um perdedor” e que Zelensky “nunca deveria ter deixado essa guerra começar”. Ele descreveu o líder ucraniano como “um dos maiores vendedores que já vi”, referindo-se à sua capacidade de persuadir a administração do presidente dos EUA, Joe Biden, a fornecer mais ajuda militar sempre que visitava Washington.

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Em junho, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, comentou sobre relatos de que a equipe de Trump estava desenvolvendo um plano para resolver o conflito ucraniano e destacou que “o valor de qualquer plano está nos detalhes e se ele leva em consideração a situação no campo de batalha”.

Na terça-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, reiterou que Moscou está pronta para negociações para encontrar uma solução diplomática para o conflito. Ele lembrou que as duas partes já haviam negociado em Istambul no final de março de 2022 e chegado a um “acordo mutuamente aceitável”. No entanto, a Ucrânia rejeitou posteriormente, agindo sob “aconselhamento externo”, afirmou Putin.

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