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“Amanhã, 86 anos atrás, foi a Kristallnacht, quando judeus em solo europeu foram atacados por serem judeus. Isso agora se repetiu”, disse Netanyahu, referindo-se aos eventos de 9 de novembro de 1938.
“Há uma diferença agora, porém, o povo judeu agora tem um estado próprio”, disse Netanyahu em uma declaração durante sua visita à sala de situação do Ministério das Relações Exteriores de Israel, onde foi informado sobre a resposta de Israel aos ataques generalizados na capital holandesa.
Ele ainda acrescentou que os responsáveis pelos ataques não representam um risco apenas para os judeus, mas para todo o mundo livre.
Os comentários do primeiro-ministro israelense ocorreram no momento em que o primeiro voo evacuando torcedores do Maccabi Tel Aviv deixou Amsterdã após ataques violentos generalizados por manifestantes anti-Israel. O voo aterrissou no Aeroporto Ben Gurion na tarde de sexta-feira, enquanto o Ministério das Relações Exteriores de Israel informou que todos os cidadãos israelenses em Amsterdã foram localizados.
Vários torcedores relataram que já haviam sido atacados ou se sentido indesejados antes da onda de violência aparentemente orquestrada que ocorreu em Amsterdã na noite de quinta-feira, após um jogo contra o Ajax. Autoridades israelenses confirmaram que 10 cidadãos ficaram feridos, sendo que, segundo relatos, todos receberam alta hospitalar. A violência teria sido em grande parte perpetrada por muçulmanos e árabes locais. Centenas de israelenses, temendo novos ataques, permaneceram refugiados em seus hotéis por horas.
Na sexta-feira, membros das comunidades judaica e israelense locais organizaram caronas para escoltar os fãs até o aeroporto, temendo novos incidentes. A El Al anunciou que três aviões seriam enviados para trazer os israelenses de volta, com paramédicos e profissionais médicos a bordo para atendimento durante o voo. Embora a companhia aérea normalmente não opere aos sábados, ela recebeu autorização especial dos rabinos-chefes de Israel, David Yosef e Kalman Bar, para realizar os voos.
Os voos seriam gratuitos para todos os passageiros que haviam reservado passagem de volta de Amsterdã para Israel com a El Al ou outras companhias aéreas. Dois israelenses que partiram para Londres na manhã de sexta-feira relataram ao Canal 12 que foram atacados na noite de quarta-feira, antes do jogo de futebol, por gangues árabes. Eles disseram que, ao serem espancados, foram atacados por sua nacionalidade israelense e que, apesar de denunciarem à polícia, nenhuma providência foi tomada.
Um terceiro israelense, chamado Gal, contou ao chegar em Londres que foi forçado a deitar no chão por agressores que queriam saber se ele era israelense. Ele relatou que foi espancado por um grupo de 8 a 10 pessoas, resultando em dentes quebrados e ferimentos graves, sendo encontrado inconsciente e coberto de sangue em uma ambulância.
Imagens exibidas na televisão israelense mostraram um agressor atacando um israelense enquanto gritava “Palestina Livre”, além de outro vídeo em que um israelense, em um canal de Amsterdã, era forçado a dizer as mesmas palavras para evitar ser jogado na água gelada.
Tomer Talias, torcedor que estava no primeiro voo de evacuação da El Al, afirmou ao Canal 12 que a hostilidade era evidente assim que os israelenses chegaram a Amsterdã. Segundo ele, a atmosfera antissemitista era clara, independentemente de estarem em um restaurante ou em uma loja de roupas. Ele descreveu o ataque de quinta-feira como uma ação terrorista, com agressores armados e rostos cobertos, que não faziam distinção entre homens, mulheres, crianças ou idosos.
Muitos relataram que as forças de segurança holandesas estavam ausentes durante os ataques, enquanto gangues mascaradas caçavam, espancavam e assediavam os turistas israelenses, gritando slogans pró-palestinos. A polícia de Amsterdã informou que 62 pessoas foram presas em conexão com os ataques e iniciou uma investigação sobre os incidentes violentos.
Líderes de Israel, da Holanda e outros países europeus condenaram os ataques antissemitas aos torcedores do Maccabi Tel Aviv. O prefeito de Amsterdã declarou que a cidade foi “profundamente danificada” pelos “odiosos manifestantes antissemitas” que atacaram os fãs do clube israelense em uma noite de violência “insuportável”.