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O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) abatou nesta quarta-feira Valeri Trankovski, chefe do Estado-Maior de uma brigada da Frota do Mar Negro do Exército russo, em uma operação realizada na península da Crimeia.
O ataque contra o veículo em que Trankovski estava ocorreu em Sebastopol, no sudeste da península da Crimeia, cuja soberania é disputada desde que foi anexada pela Rússia em 2014.
Trankovski morreu devido a uma hemorragia após perder as duas pernas. “É simbólico que o criminoso de guerra russo, cujas mãos estão manchadas pelo sangue de dezenas de ucranianos pacíficos, tenha terminado sua ignominiosa vida nas ruas de Sebastopol”, celebrou uma fonte do SBU, conforme relatado por agências de notícias ucranianas.
“A vingança pelos crimes é apenas uma questão de tempo. Nenhum invasor ou assassino pode se sentir seguro onde quer que esteja”, afirmou essa fonte, defendendo que Trankovski era “um alvo perfeitamente legítimo” segundo as leis de guerra, pois estava por trás de ataques que resultaram na morte de civis.
“Ele deu ordens para lançar mísseis de cruzeiro do Mar Negro contra alvos civis na Ucrânia. Bombardeou Vínnitsa, onde morreram 29 civis. Esse lixo bombardeou repetidamente Odesa e outras cidades pacíficas, resultando na morte de muitos civis”, ressaltou.
Enquanto isso, as forças russas lançaram, nas primeiras horas desta quarta-feira, o primeiro ataque combinado com mísseis e drones contra a capital ucraniana em mais de dois meses, conforme informou a Administração Militar da região de Kiev em suas redes sociais.
“As forças armadas da Federação Russa lançaram um ataque combinado de mísseis e drones contra Kiev. O primeiro nos últimos 73 dias”, diz a postagem, que ainda não registrou danos materiais ou vítimas.
No ataque, a Rússia utilizou mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos norte-coreanos KN-23 e KN-24, além de mísseis Iskander-M e drones Shahed.
A alerta aérea foi ativada na capital após as 6h00 (3h00 GMT) devido à chegada dos drones, seguidos pelos mísseis de cruzeiro e balísticos, além de outra onda de drones.
Segundo a Força Aérea ucraniana, a Rússia disparou quatro mísseis contra o território da Ucrânia, todos abatidos pelas defesas ucranianas.
Além disso, as forças russas lançaram um total de 90 drones contra a Ucrânia, dos quais 86 foram derrubados ou neutralizados por interferências eletrônicas.
O presidente Volodímir Zelensky pediu, nas redes sociais, que seus aliados forneçam mais mísseis para interceptar projéteis inimigos e mais recursos para guerra eletrônica.
A Rússia continua pressionando ao longo de todo o front e, durante o dia anterior, lançou cerca de cem ataques nos eixos de Kurájove e Pokrovsk, na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, e na região russa de Kursk, onde cerca de 50 mil soldados russos tentam expulsar as tropas de Kiev que controlam parte do território.
O Estado-Maior ucraniano informou que Kurájove continua sendo a zona mais quente de toda a linha de contato. Ali, as forças ucranianas repeliram um total de 47 assaltos russos. Já as tropas de Kiev que defendem o eixo de Pokrovsk impediram 28 ataques.
Na região de Kursk, as tropas russas tentaram, sem sucesso, romper as defesas ucranianas em 20 ocasiões.
Segundo a plataforma de análise de guerra DeepState, as forças russas avançaram nas últimas horas em uma dezena de pontos ao longo do front leste.
(Com informações da Europa Press)