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Pela primeira vez, a administração Biden autorizou a Ucrânia a utilizar mísseis balísticos fornecidos pelos Estados Unidos para atacar dentro do território russo, marcando uma mudança significativa na política americana, afirmaram autoridades dos EUA. A decisão ocorre em um momento crucial da guerra, com a Ucrânia pressionando por mais apoio militar contra a invasão russa.
Os mísseis ATACMS, conhecidos como Sistemas de Mísseis Táticos do Exército, são fabricados pela Lockheed Martin e têm capacidade para atingir alvos a até 306 quilômetros de distância. Inicialmente, os mísseis serão usados para atacar tropas russas e norcoreanas na região de Kursk, no oeste da Rússia, ajudando as forças ucranianas a fortalecer sua posição frente à ofensiva militar do Kremlin.
ATACMS: O Que São e Como Funcionam
Os ATACMS são mísseis de curto alcance com uma carga explosiva de cerca de 170 quilos. Eles são disparados a partir de lançadores móveis HIMARS, fornecidos pelos EUA, ou de sistemas M270, mais antigos, enviados por aliados como Reino Unido e Alemanha. Embora não sejam considerados “mísseis de longo alcance” no sentido estrito, eles têm um alcance superior aos mísseis ucranianos já em uso.
Desenvolvidos nos anos 80, os ATACMS foram projetados para destruir alvos de alto valor a grandes distâncias dentro de território inimigo, e têm sido usados pelo Pentágono em conflitos passados, como a Operação Tempestade no Deserto, em 1991, e na Operação Liberdade Iraquiana, em 2003.
A Decisão dos EUA e Seus Impactos
A autorização para o uso dos ATACMS dentro da Rússia vem após meses de hesitação por parte da administração Biden. A Casa Branca temia que o uso desses mísseis pudesse levar a uma escalada do conflito, com uma possível reação mais agressiva de Vladimir Putin. A principal preocupação era evitar um agravamento da guerra que pudesse resultar em um conflito de maiores proporções, como uma Terceira Guerra Mundial, conforme expressou o presidente Biden.
No entanto, a Ucrânia insiste que os ATACMS são essenciais para fortalecer sua capacidade de contraofensiva e proteger as áreas que ainda controlam. O presidente Volodymyr Zelensky afirmou que o país não pretende atacar civis russos ou cidades, mas sim alvos militares de importância estratégica.
O Futuro dos Mísseis ATACMS na Guerra
Com a chegada de uma grande ofensiva russa, estimada em cerca de 50.000 soldados, incluindo tropas da Coreia do Norte, a Ucrânia pretende usar os ATACMS para atacar concentrações de tropas, equipamentos militares e linhas de suprimento em profundidade no território russo. Essa medida pode ajudar a reduzir a eficácia da contraofensiva conjunta russa-norcoreana e proteger as posições ucranianas na região de Kursk.
A quantidade de mísseis restantes no arsenal ucraniano não é clara, uma vez que os Estados Unidos já haviam fornecido ATACMS para uso em território ucraniano, incluindo a Crimeia ocupada pela Rússia.
Embora o uso de mísseis balísticos seja um marco importante, o impacto final dessa decisão depende de como os mísseis serão empregados nas próximas fases do conflito e se conseguirão reverter o equilíbrio de forças entre as partes envolvidas na guerra.