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A crise política em Moçambique se agrava com o aumento do número de vítimas fatais. De acordo com organizações não governamentais, o total de mortos varia significativamente. A Plataforma Decide registra 25 óbitos e 135 detenções, enquanto o Centro para a Democracia e Direitos Humanos, outra ONG, eleva o número de mortes para 65.
Na noite de domingo, a população moçambicana realizou um protesto barulhento, conforme convocado pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane. Com o uso de tachos e panelas, os manifestantes expressaram sua rejeição aos resultados das eleições presidenciais, acompanhando o apelo de Mondlane, que contesta os números divulgados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).
Os protestos, iniciados em outubro, são uma reação à divulgação dos resultados provisórios das eleições gerais, que deram vitória a Daniel Chapo, candidato da situação e apoiado pela Frelimo, partido no poder desde 1975. A CNE anunciou que Chapo obteve 70% dos votos, mas o resultado ainda precisa ser formalmente proclamado pelo Conselho Constitucional, sem um prazo definido para isso. Segundo o embaixador do Brasil em Moçambique, Ademar Seabra, a situação permanece tensa e imprevisível.
Mondlane, que ficou em segundo lugar nas eleições, com 20% dos votos, tem chamado a população para uma série de manifestações em protesto contra os resultados provisórios. Seabra destaca que a população moçambicana não tem tradição de protestos em massa, o que torna este movimento algo inédito.
A oposição contabiliza mais de 40 mortes em confrontos com a polícia desde o início das manifestações.