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Na manhã desta quinta-feira, a Rússia disparou um míssil balístico intercontinental (ICBM) contra a cidade ucraniana de Dnipro, em uma retaliação ao uso de mísseis de longo alcance fornecidos por potências ocidentais, especialmente os Estados Unidos, para Kiev. O ataque representa uma escalada significativa no conflito, evidenciando a crescente tensão entre as duas nações e o impacto global das armas de longo alcance.
O Que São os Mísseis Balísticos Intercontinentais (ICBMs)?
Os mísseis balísticos intercontinentais são armas de longo alcance projetadas para transportar ogivas nucleares ou outras cargas explosivas a distâncias superiores a 5.500 quilômetros, podendo alcançar alvos a até 16.000 quilômetros de distância. Considerados uma das armas mais temidas no mundo, os ICBMs podem atingir velocidades de até 30.000 quilômetros por hora, tornando-os praticamente impossíveis de interceptar no voo. A capacidade de percorrer grandes distâncias em um curto espaço de tempo é um fator crucial que intensifica o potencial de destruição desses mísseis.
Como Funcionam os ICBMs?
A estrutura de um ICBM é composta por várias fases de propulsão, que são ativadas sequencialmente para maximizar seu alcance. Essas etapas podem utilizar combustíveis sólidos ou líquidos e, conforme o combustível é consumido, as partes do míssil se desprendem, caindo na Terra ou queimando na atmosfera. Uma vez que o míssil atinge sua trajetória balística, sua cabeça segue uma trajetória parabólica, passando pelo espaço antes de reentrar na atmosfera e atingir seu objetivo.
O lançamento do míssil ocorre por meio de um sistema de propulsão, geralmente com motores de combustível sólido ou líquido. Durante a fase de impulso, o míssil é acelerado para atingir uma trajetória balística, que o leva fora da atmosfera terrestre. Após isso, entra na fase de voo livre, onde a gravidade e a velocidade inicial determinam o curso do projétil até o alvo.
A última fase do trajeto, conhecida como reentrada, ocorre quando o míssil retorna à atmosfera. Projetado para suportar as altíssimas temperaturas e forças gravitacionais, o ICBM segue seu caminho até o impacto, que pode resultar em uma explosão nuclear ou convencional.
Disuasão Nuclear e Controle Internacional
Os ICBMs desempenham um papel crucial na dissuasão nuclear, dado que são capazes de carregar múltiplas ogivas nucleares, cada uma direcionada a um alvo específico. Além das ogivas nucleares, esses mísseis também podem carregar armas de destruição em massa, como químicas ou biológicas. A precisão dos ICBMs evoluiu significativamente, permitindo ataques mais precisos contra alvos específicos.
Apesar de sua destrutividade, o uso de ICBMs está sujeito a rígidos controles internacionais, com tratados como o Tratado de Redução de Armas Estratégicas (START) entre Estados Unidos e Rússia, que buscam limitar o número de mísseis e diminuir os riscos de um conflito nuclear em grande escala. O desenvolvimento dos ICBMs teve início na década de 1950, com a União Soviética sendo a primeira a lançar esse tipo de míssil, seguida pelos Estados Unidos. Atualmente, países como China, Índia e, mais recentemente, Coreia do Norte, também desenvolveram suas próprias versões dessa tecnologia.
Além dessas nações, outros países como França e Reino Unido mantêm ICBMs em seus arsenais estratégicos, oferecendo-lhes flexibilidade operacional e capacidade de dissuasão no cenário global.