Em mensagem de Ano Novo, Papa Francisco pede proteção da vida desde a concepção até a morte natural

O Papa Francisco fez um apelo emocionado pela proteção da vida humana em sua primeira missa do ano, celebrada na Basílica de São Pedro, no Vaticano, nesta quarta-feira, 1º de janeiro. Durante a missa da Solenidade de Maria Santíssima Mãe de Deus, que também marca o Dia Mundial da Paz, o pontífice destacou a importância de cuidar da vida desde a concepção até a morte natural, considerando esse cuidado essencial para a construção de uma civilização de paz.

“Aprendamos a cuidar de cada criatura nascida de mulher, protegendo sobretudo o dom precioso da vida, como fez Maria”, exortou o Papa Francisco, acrescentando que todos devem se comprometer a promover o respeito pela dignidade da vida humana. Ele pediu uma ação firme para que todas as pessoas possam amar sua vida e olhar para o futuro com esperança, protegendo não apenas as vidas no ventre, mas também as das crianças, dos idosos, dos pobres, dos sofredores e dos que estão sozinhos ou moribundos.

O Papa, que presidiu a cerimônia diante de centenas de fiéis e membros da Cúria, incluindo cardeais e bispos, ressaltou que o Dia Mundial da Paz é um convite para proteger a vida, cuidar da vida ferida e dignificar a vida de cada pessoa. Segundo o Papa, essa proteção é a base fundamental para a construção de uma sociedade pacífica.

Em sua homilia, Francisco refletiu sobre o nascimento de Cristo, afirmando que, ao invocar Maria como Mãe de Deus, reconhecemos que Cristo “foi gerado pelo Pai, mas nasceu verdadeiramente do ventre de uma mulher”. Ele destacou que Cristo, sendo Senhor do tempo, habita este nosso tempo, trazendo com sua presença de amor uma mensagem de esperança para o novo ano.

O pontífice também pediu confiança à Virgem Maria, rogando para que ela intercedesse por um renascimento da esperança e pela paz entre os povos da terra. Além disso, desejou que Roma seja “um ambiente aberto a todos os peregrinos de esperança”, especialmente no contexto do Jubileu que a cidade sediará em 2025. Para o Papa, essa perspectiva de fraternidade mundial “não é ideologia”, mas uma mensagem de Jesus, o Filho encarnado de Deus.

Durante a celebração de 31 de dezembro, na missa de ação de graças pelo ano que passou, o Papa também reconheceu os desafios enfrentados por Roma devido às obras para o Jubileu e expressou sua gratidão ao prefeito da cidade, Roberto Gualtieri. Francisco reafirmou que Roma deve ser um lugar de acolhimento, onde todos possam se reconhecer como filhos de Deus e irmãos uns dos outros.

(Com informações das agências)