Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou neste domingo estar “entristecido” ao saber que seu antecessor e rival político, Joe Biden, foi diagnosticado com um tipo agressivo de câncer de próstata.
“Melania e eu estamos entristecidos com o recente diagnóstico médico de Joe Biden. Enviamos nossos mais calorosos e sinceros votos a Jill e à família, e desejamos a Joe uma recuperação rápida e bem-sucedida”, afirmou Trump nas redes sociais. Apesar das recorrentes críticas ao estado cognitivo de Biden e ao envelhecimento do adversário, o republicano adotou um tom respeitoso diante da notícia.
A vice-presidente Kamala Harris também se pronunciou, descrevendo Biden como “um lutador”.
“Fiquei entristecida ao saber do diagnóstico”, escreveu Harris no X (antigo Twitter). “Joe é um lutador, e sei que enfrentará este desafio com a mesma força, resiliência e otimismo que sempre marcaram sua vida e sua liderança. Esperamos uma recuperação completa e rápida.”
Diagnóstico grave, mas tratável
Segundo comunicado oficial divulgado neste domingo, Biden, de 82 anos, foi diagnosticado com uma forma agressiva de câncer de próstata com metástase óssea. Apesar da gravidade, os médicos informaram que o câncer é sensível a hormônios, o que permite estratégias clínicas eficazes para o tratamento.
O diagnóstico foi confirmado na sexta-feira, após exames realizados em um hospital da Filadélfia. Biden havia passado por uma bateria de testes devido a um “pequeno nódulo” detectado duas semanas antes na próstata, o que despertou preocupação e levou à realização de novos exames. Ainda não há definição sobre o tratamento a ser seguido.
De acordo com o comunicado, Biden e seus familiares mais próximos estão avaliando todas as opções terapêuticas disponíveis com a equipe médica. No entanto, não foi informado se o ex-presidente iniciará o tratamento de imediato.
Saúde em foco e retirada da eleição
Biden, que derrotou Trump nas eleições de 2020, decidiu não concorrer à reeleição. A decisão foi anunciada em julho de 2024, após duras críticas públicas sobre sua idade, lucidez e condição física, intensificadas por seu desempenho considerado fraco no primeiro debate presidencial. À época com 81 anos, Biden apresentou dificuldades de fala e momentos de aparente confusão.
A Casa Branca atribuiu o desempenho ruim a um resfriado leve, cansaço por viagens e falta de preparo para o debate. Mesmo assim, o episódio gerou forte repercussão dentro e fora do Partido Democrata e contribuiu para a retirada de sua candidatura. Biden então declarou apoio à vice-presidente Kamala Harris como sucessora na corrida presidencial.
Harris, no entanto, foi derrotada nas urnas em novembro por Donald Trump, que reassumiu a presidência em janeiro de 2025.
Durante seu mandato, a saúde de Biden foi constantemente monitorada por médicos, mídia, aliados e opositores. Em fevereiro de 2024, ele passou por um check-up no Centro Médico Militar Nacional Walter Reed. Na ocasião, seu médico pessoal, Dr. Kevin O’Connor, declarou que o presidente estava “em condições de exercer o cargo”, sem alterações significativas em relação ao ano anterior.
O relatório médico apontava que Biden sofria de artrite na coluna — que causava rigidez ao andar —, neuropatia periférica sensorial nos pés e apneia obstrutiva do sono, tratada com o uso de aparelho CPAP durante a noite. No entanto, não havia avaliação cognitiva formal no laudo, o que gerou críticas. O Dr. O’Connor alegou que, por acompanhar o presidente diariamente, não via necessidade de testes específicos.
A ausência desses exames e os episódios de lapsos em público alimentaram o debate sobre sua capacidade de continuar à frente da presidência, discussão que culminou com a desistência de Biden de disputar um segundo mandato.
