Empresas levantaram R$ 53,6 bilhões com a emissão de debêntures no Brasil no 1º trimestre de 2022. É 86% mais que o registrado no mesmo período de 2021. A informação é da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
As debêntures representam quase 52% da emissão de valores mobiliários acumulada nos 3 primeiros meses do ano. O total foi de R$ 104,2 bilhões –7,8% a menos que no 1º trimestre de 2021.
A emissão de debêntures acelerou porque esse título tem se apresentado como uma forma de as empresas levantarem capital neste momento de recuperação econômica e redução do apetite por ativos mais voláteis, como as ações.
De acordo com a CVM, a B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) recebeu 8 follow-ons (ofertas subsequentes de ações), mas nenhum IPO (oferta pública inicial) nos 3 primeiros meses do ano.
No mesmo período de 2021, foram 6 follow-ons e 15 IPOs. Resultado: a emissão de ações caiu 65% no período.
Para atrair o investidor, a maior parte das debêntures emitidas no 1º trimestre de 2022 está pagando mais que o DI (86,4%) ou a inflação (10,8%), segundo a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), afirmou a economista da CM Capital, Ariane Benedito, ao site Poder360.
Entre essas vantagens, estão o pagamento de uma taxa fixa de juros e a isenção de impostos no caso das debêntures incentivadas, que são voltadas ao financiamento da infraestrutura.
Para atrair o investidor, a maior parte das debêntures emitidas no 1º trimestre de 2022 está pagando mais que o DI (86,4%) ou a inflação (10,8%), segundo a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).