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Na quarta-feira (28), o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), rebateu a fala do presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), Jorge Viana, que relacionou o agronegócio brasileiro ao desmatamento da Amazônia, durante um evento na China.
A afirmação de Jorge Viana foi feita em seminário organizado pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) no Centro para China e Globalização (CCG) como parte da programação da comitiva brasileira no país asiático. Liderado pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, o grupo brasileiro conta com mais de 100 empresários ligados ao agro.
“A declaração do presidente da @ApexBrasil e ex-senador Jorge Viana surpreende e decepciona. Lamentável ver uma agressão clara ao nosso #agro vinda de quem está à frente de uma instituição que tanto ajudou a promover nosso setor no exterior. Que papelão!”, escreveu Pedro Lupion em rede social.
Na China, o petista disse que “é preciso reconhecer que o Brasil tem problemas ambientais.” Ele também afirmou que 84 milhões de hectares foram desmatados na Amazônia brasileira nos últimos 50 anos. Destes, 67 milhões foram destinados à pecuária e outros 6 milhões, à agricultura de grãos. Viana disse que os dados têm como fonte estudos do Ministério da Agricultura, Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) e MapBiomas.
A fala do petista diverge com outras, feitas no mesmo evento por líderes de empresas brasileiras que enfatizavam práticas sustentáveis. Dentre eles, estavam o CEO da JBS, Gilberto Xandó, o diretor para a Ásia e presidente para a China da Suzano, Pablo Gimenez Machado, e o vice-presidente da Vale, Alexandre D’Ambrosio.