Durante uma reunião realizada hoje para revisar a produção de petróleo, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) convidou o Brasil para ingressar na organização, conforme relatado por delegados citados na Dow Jones Newswires. Os representantes enfatizaram que o Brasil é o principal produtor de petróleo na América do Sul, registrando um crescimento constante, com uma produção de 2,3 milhões de barris por dia no terceiro trimestre deste ano.
A reunião da Opep, normalmente realizada em Viena, ocorreu virtualmente após ser adiada devido a divergências sobre a redução na produção. Durante a discussão, houve debates acalorados sobre o tamanho dos cortes e como eles seriam distribuídos entre os membros. Os detalhes precisos do acordo, se houver, permanecem incertos. Antes da reunião, a Arábia Saudita, maior produtor mundial de petróleo, defendeu novos cortes devido à recente queda nos preços e às preocupações com a demanda.
A Arábia Saudita, em meio a um programa de expansão ambicioso, incluindo uma nova cidade no deserto, busca manter os preços do barril em torno de US$ 88 para equilibrar suas finanças. Enquanto isso, Nigéria e Angola, os principais produtores africanos de petróleo, resistiram à redução das cotas de produção, assim como os Emirados Árabes Unidos. A Opep, criada em 1960, reúne 13 dos maiores produtores globais, enquanto os aliados, representados pela Opep+, participam em políticas internacionais ligadas ao comércio de petróleo. A Secretaria de Comunicação Social do governo brasileiro afirmou que ainda não há uma decisão sobre o convite.
