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Nesta sexta-feira (8), a Petrobras amargou uma desvalorização de R$ 55,3 bilhões em seu valor de mercado, em resposta à decepção dos investidores com os dividendos propostos pela empresa em sua divulgação de resultados referentes a 2023.
Segundo levantamento realizado por Einar Rivero, da Elos Ayta Consultoria, desde a máxima histórica, a petroleira já perdeu impressionantes R$ 93,1 bilhões em valor de mercado, com uma queda de R$ 23,8 bilhões apenas neste ano de 2024.
Durante o período vespertino, as ações da Petrobras chegaram a despencar mais de 13%, embora tenham reduzido as perdas para cerca de 10% até o final do pregão. As ações ordinárias (PETR3) encerraram o dia com uma queda de 10,37%, enquanto as preferenciais (PETR4) recuaram 9,14%.
O que mais desapontou os investidores foi a proposta de distribuição de dividendos no valor de R$ 14,2 bilhões para o quarto trimestre. O mercado aguardava ansiosamente por um pagamento de dividendos extraordinários, porém a Petrobras optou por destinar US$ 9 bilhões (aproximadamente R$ 43,9 bilhões) para a criação de uma reserva de Remuneração de Capital.
Rebaixamento de recomendações
A frustração com os dividendos e a criação da reserva resultou no rebaixamento das recomendações por instituições financeiras como Santander e Bradesco BBI, que mudaram a classificação das ações da Petrobras de “compra” para “neutro”. Mais tarde, analistas do Bank of America também reduziram a recomendação dos papéis, além de ajustarem o preço-alvo para R$ 38, citando expectativas mais modestas de retorno de caixa e uma percepção ampliada de risco.