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O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, foi às redes sociais nesta quinta-feira (14) para rebater críticas sobre um possível “recuo” em suas falas sobre a distribuição de dividendos extraordinários pela companhia. A empresa, que teve uma queda de 0,41% em seu valor de mercado às 17h10 na B3, enfrenta um cenário turbulento após a retenção de R$ 43,9 bilhões em dividendos, frustrando o mercado.
Em sua publicação, Prates defendeu o direito da Petrobras, como empresa mista com controle estatal, de dialogar com o presidente da República e seus ministros.
“Como esse assunto rende interpretações, não? Mas o vernáculo, se bem compreendido, é claro: não há “recuo” algum nas minhas falas desta semana. Eu sempre afirmei que empresa mista com controle estatal tem todo o direito de conversar com o Presidente da República e de receber ministros”, escreveu ele no Twitter. (Veja a íntegra da declaração no final da matéria.
Prates reforçou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “compreende perfeitamente a governança da Petrobras e sabe que o Estado Brasileiro exerce seu controle por meio da orientação aos seus representantes no CA [conselho de administração]”. Essa postura se assemelha à defendida na véspera, quando o executivo negou qualquer tipo de intervenção na estatal e destacou o “exercício soberano” dos representantes da União, como acionistas majoritários.
“É legítimo que o CA se posicione orientado pelo Presidente da República e pelos seus auxiliares diretos que são os ministros. Foi exatamente isso o que ocorreu em relação à decisão sobre os dividendos extraordinários”, disse Prates em outra postagem.
Eis a íntegra da declaração do presidente da Petrobras:
Como esse assunto rende interpretações, não? Mas o vernáculo, se bem compreendido, é claro: não há “recuo” algum nas minhas falas desta semana. Eu sempre afirmei que empresa mista com controle estatal tem todo o direito de conversar com o Presidente da República e de receber ministros. E o Presidente Lula compreende perfeitamente a governança da Petrobrás, e sabe que o Estado Brasileiro exerce seu controle por meio da orientação aos seus representantes no CA. Foi simplesmente o que ocorreu. A proposta devidamente respaldada por pareceres técnicos e aprovada pela Diretoria Executiva ficou viva e a decisão foi reservar a totalidade dos dividendos extra e adiar a sua distribuição. Não é nenhuma surpresa ou novidade a minha orientação muito menos o meu entendimento expresso ontem, senão para os de curta memória.