O Grupo Silvio Santos enviou um ofício ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), expressando sua disposição para considerar uma proposta de cerca de R$ 80 milhões pela venda do terreno designado para o Parque Municipal do Rio Bixiga.
Ao longo de mais de quatro décadas, a área de 11 mil metros quadrados, situada na região central da capital paulistana, tem sido objeto de disputa entre o Teatro Oficina e a empresa do apresentador de TV. O Grupo Silvio Santos tinha a intenção de construir três edifícios de uso comercial e residencial no local.
No ofício, Maciel menciona que o grupo tinha planos imobiliários para a área, porém, disputas judiciais nos últimos anos consumiram grandes quantias e adiaram os planos. Portanto, o grupo estaria disposto a considerar a oferta de R$ 80 milhões pelo espaço, conforme mencionado no texto do ofício.
A apresentação dessa proposta específica pode indicar um progresso nas negociações, uma vez que o Grupo Silvio Santos sempre expressou interesse em desenvolver um empreendimento imobiliário na área.
Em março, a Justiça de São Paulo homologou um acordo de R$ 1 bilhão, onde R$ 51 milhões seriam alocados para a aquisição deste terreno, como parte do projeto para estabelecer o Parque Municipal do Rio Bixiga.
O desejo de José Celso Martinez Corrêa (1937-2023), fundador do Teatro Oficina, era ver o parque estabelecido. Este desejo desencadeou a disputa legal.
Com o respaldo de artistas, políticos e entidades como a Appit (Associação dos Proprietários e Protetores de Imóveis Tombados) e a Samorcc (Sociedade de Amigos e Moradores do Cerqueira César), o projeto imobiliário do Grupo Silvio Santos foi contestado judicialmente e por órgãos de preservação do patrimônio.