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A Casas Bahia, gigante do varejo brasileiro, entrou com pedido de recuperação extrajudicial para reestruturar sua dívida de R$ 4,1 bilhões. O acordo, já pré-acordado com os principais credores, que detém 54,5% dos débitos, deve ser aplicado também aos demais credores, incluindo pessoas físicas.
Conforme relatos divulgados pelo jornal O Estado de S. Paulo neste domingo (28), o acordo incluiu uma renegociação das dívidas, reduzindo significativamente os custos e ampliando os prazos de pagamento. Antes, as séries de debêntures 6ª, 7ª, 8ª e 9ª tinham um custo médio de CDI + 2,7% em um prazo de 22 meses. Agora, o custo é de CDI + 1,2% em um prazo estendido para 72 meses.
Segundo cálculos da empresa, a reestruturação permitirá economizar R$ 4,3 bilhões em caixa até 2027, sendo R$ 1,5 bilhão somente em 2024. Em contrapartida, os principais bancos credores terão a oportunidade de converter 63% dos valores devidos em ações da varejista.
O CEO da Casas Bahia, Renato Franklin, explicou que o novo perfil da dívida proporcionará maior flexibilidade financeira para enfrentar futuras volatilidades e capitalizar oportunidades de mercado, como a Black Friday. O acordo também inclui uma carência de 24 meses para pagamento de juros e 30 meses para pagamento do principal, reduzindo os desembolsos da empresa para R$ 500 milhões até 2027, em comparação com os R$ 4,8 bilhões previamente estimados.
A operação, de âmbito restrito, abrange apenas dívidas financeiras sem garantias, como debêntures e CCBs emitidas junto aos bancos. Os principais credores, como Bradesco e Banco do Brasil, detêm parcelas significativas desses títulos e terão opções de conversão em ações ou aguardar o pagamento até novembro de 2030.