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A escalada do conflito entre Israel e Irã voltou a pressionar os mercados financeiros nesta terça-feira (17), impactando diretamente o câmbio e o desempenho da Bolsa de Valores brasileira. O dólar à vista avançou 0,23%, sendo cotado a R$ 5,49. Já o Ibovespa, principal índice da B3, recuou 0,30%, encerrando o pregão aos 138.840 pontos.
As preocupações geopolíticas se intensificaram após declarações do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que adotou um tom agressivo em relação ao Irã. Em suas redes sociais, Trump afirmou que quer um “acordo real, não um cessar-fogo” e alertou que os iranianos sabem que não devem atacar tropas americanas, sob risco de sofrerem uma resposta “firme” e “sem rodeios”. O republicano também pediu a “rendição total” do Irã e, em tom provocativo, disse não ter intenção de matar o aiatolá Ali Khamenei, “por enquanto”.
O agravamento das tensões também impulsionou os preços do petróleo. Os contratos futuros do tipo Brent, referência internacional, com vencimento em agosto, subiram 4,40%, fechando a US$ 76,45. Já o WTI, referência no mercado norte-americano, com vencimento em julho, avançou 4,28%.
O movimento nos mercados globais ocorreu na véspera da decisão do Federal Reserve sobre a taxa de juros dos Estados Unidos. O banco central norte-americano iniciou nesta terça sua reunião de dois dias. Embora a expectativa majoritária seja pela manutenção dos juros, dados divulgados nesta manhã mostraram uma forte queda nas vendas do varejo em maio, ampliando as apostas de que o Fed poderá cortar os juros já em setembro.
O cenário é de atenção redobrada entre investidores: a combinação de conflito armado no Oriente Médio, alta nos preços do petróleo e sinais de enfraquecimento da economia americana aumenta a incerteza global e pressiona os ativos de risco.
