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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, declarou nesta quarta-feira (19) na CCJ do Senado que pode ter sido autor de “algumas” das mensagens publicadas pelo site The Intercept Brasil, mas não esclareceu quais seriam. De acordo com Moro, seria impossível confirmar a autenticidade dos diálogos, uma vez que ele excluiu o aplicativo Telegram de seu celular em 2017 e não teria guardado o histórico de conversas.
A argumentação foi contestada por parlamentares e chegou a ser ironizada. “Ele tem péssima memória”, comentou o líder do PSD, Otto Alencar (BA). Colega de partido, Angelo Coronel (BA) questionou se o ex-juiz da Lava Jato aceitaria uma varredura nos servidores do Telegram com o intuito de recuperar o que foi apagado.
Essas mensagens não existem mais”, acrescentou o ministro, que ainda disse que a indagação não era oportuna porque o aplicativo, de origem russa, não faria o armazenamento dos dados de seus usuários. “Ele entrou lá. Entrou no Telegram. Se tivesse alguma coisa eu tenho certeza que teria sido divulgada”, rebateu.
Durante o depoimento ao Senado, o chefe da pasta da Justiça voltou a colocar em dúvida a autenticidade das conversas obtidas pelo site “The Intercept Brasil” e disse ser vítima da ação criminosa de hacker. Também atacou de forma contundente o veículo de comunicação e o seu editor, o jornalista americano Glenn Greenwald, e reclamou de não ter sido ouvido antes da divulgação das reportagens.
“Não se tem nenhuma demonstração, nenhuma prova da autenticidade desses elementos. O veículo que supostamente os recebeu de uma fonte, suposta fonte igualmente, não se dignou a apresentar esse material”.