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Gabriel Ferrando de Almeida, chefe da Delegacia de Repressão às Ações Criminosos Organizadas (Draco) do Rio, está “apreensivo” com a decisão de Dias Toffoli de suspender processos e investigações abertas com base em dados da Receita ou do Coaf, informa O Globo.
Segundo o delegado, os Relatórios de Inteligência Financeira elaborados pelo Coaf servem de ponto de partida para investigar facções criminosas – milícias, principalmente.
“Não estou questionando ou afrontando decisão judicial, mas a gente recebe com apreensão. Todas as investigações em curso que atuam sobre milícias usam, de certa forma, instrumentos do Coaf. É uma ferramenta fundamental. Inviabilizar o acesso a essas informações significa jogar no limbo diversas investigações em andamento e outras futuras.”
E acrescentou:
“A lei de lavagem de capitais prevê a comunicação de transações suspeitas. Não vislumbro que o Coaf promova quebra de sigilo, ele não examina o extrato bancário. Desde que cheguei à Draco, o relatório do Coaf é uma das ferramentas que mais utilizei. Atribuir uma pecha de ilegalidade seria realmente um duro golpe.”
Por O Antagonista