Desde que a CPI da Lava Toga foi proposta, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-SP), uniu-se a um grupo de senadores do PT e do MDB, enrolados com processos, para trabalhar contra as apurações envolvendo a Justiça.
Há dois meses, o trabalho de Flávio nos bastidores provocou um arranca-rabo com o líder do partido no Senado, Major Olímpio.
“É bom que essas pressões parem, caso contrário eu chamo a imprensa e conto tudo”, ameaçou Major Olimpio dirigindo-se a Flávio.
Ainda completou, “Se não cessarem, eu deixo a liderança”, disse.
Pelo visto, ficou mesmo na ameaça. Agora, está em curso uma nova tentativa de instaurar a CPI. E quem, de novo, é o ponta-de-lança da operação abafa? Ele mesmo, Flávio Bolsonaro.
Nos últimos dias, vários senadores receberam telefonemas do filho do presidente. Nas ligações, o filho de Jair Bolsonaro ordenava para que retirassem a assinatura no requerimento. Exatamente, ordenava. Quem estava do outro lado da linha garante que Flávio não se constrangia em elevar o tom de voz.