A Procuradoria-Geral da República (PGR), de Augusto Aras, pediu, ao Supremo Tribunal Federal (STF), a abertura de inquérito para apurar se o deputado Danrlei (PSD-RS), ex-goleiro do Grêmio, se apropriava do salário de três funcionários fantasmas, informa O Antagonista.
Em testemunho, registrada como secretária parlamentar entre 2011 e 2014, Danielle de Guinter Lima, disse nunca ter exercido o cargo e que os salários que recebia eram passados a seu marido, pessoa próxima do deputado, de quem ele comprava carros.
Miriam Jane Ritter, aposentada, comissionada como secretária entre 2011 e 2013, também afirmou, em depoimento, não ter jornada nem necessidade ir ao escritório político em Porto Alegre e não soube descrever suas atividades nem nomes de quem trabalhava no local.
O outro funcionário é Jorge Alexandre Mardini, nomeado como assessor entre 2011 e 2015, é dono de bares e restaurantes em Porto Alegre. De acordo com denúncia anônima, os salários que recebia eram a contrapartida pelo consumo de Danrlei em suas casas noturnas.
Em sua defesa,o ex-goleiro negou receber salário de assessores e que o papel dos funcionários é fazer “articulação política e social” com comunidades onde não atua diretamente. Ele também disse que cabe aos assessores coletar demandas desses locais e repassarem a seus chefes de gabinete.
No Supremo Tribunal Federal (STF), a investigação será comandada pelo ministro Ricardo Lewandowski.