O ex-superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro Carlos Henrique Oliveira de Sousa, solicitou para depor novamente para a Polícia Federal na investigação que analisa denúncias feitas pelo ex-ministro Sérgio Moro.
Ele já havia sido interrogado nesta quarta-feira (13) e chegou a afirmar que Bolsonaro nunca fez pedidos de relatórios diretamente a ele ou sua equipe quando comandava a PF no Rio de Janeiro.
Agora Carlos deverá ser ouvido novamente na próxima quarta-feira (20) pela PF que ainda irá interrogar mais três delegados da corporação, o delegado Claudio Ferreira Gomes, que coordenou as investigações do caso Marielle, Cairo Costa Duarte, superintendente da PF em MG e o delegado Rodrigo Morais que investigou o atentado sofrido por Bolsonaro durante a campanha presidencial.
Após a saída de Moro e a troca no comando da PF, Carlos Henrique foi escolhido para diretor executivo da corporação, segundo cargo mais importante na hierarquia da Polícia Federal.
No depoimento de ontem, ele afirmou que no comando da superintendência da PF no Rio, nunca recebeu pedidos por relátorios de inteligência ou sobre quaisquer investigações a pedido da Presidência da República ou do presidente Jair Bolsonaro.
Também garantiu que não presenciou interferência nos trabalhos desenvolvidos pela Polícia Federal enquanto estava à frente das Superintendência de Pernambuco e do Rio de Janeiro e que nunca manteve interlocução direta com o presidente ou familiares quando assumir o comando da PF no Rio.
O depoimento ocorreu em Brasília na sede da PF ao mesmo tempo em que a deputada federal Carla Zambelli e o superintendente no Amazonas, Alexandre da Silva Saraviva, depunham.