O novo embaixador do Brasil nos Estados Unidos, o diplomata Nestor Forster, aprovado pelo Senado nesta terça-feira (22), afirmou que a intenção do presidente Jair Bolsonaro em seu discurso na Assembleia Geral da ONU foi “desfazer mitos” a respeito do país e principalmente combater a desinformação referente à questão ambiental na Amazônia.
“A verdade é exatamente o contrário. O presidente Bolsonaro promoveu uma mobilização, para o combate ao desmatamento ilegal e às queimadas nas bordas da Amazônia, que é algo inédito no Brasil”, alegou Nestor Forster.
Em entrevista à CNN, Forster destacou que o presidente acertou em citar “questionamentos que existem” a respeito do país, citando a política ambiental e a atuação na pandemia do novo coronavírus.
“[O presidente] Mostrou a seriedade com que o governo brasileiro vem enfrentando desafios na questão de preservação ambiental, desfazendo mitos”, afirmou o diplomata brasileiro, em entrevista aos âncoras Caio Junqueira e Monalisa Perrone e aos analistas Fernando Molica e Lourival Sant’Anna.
Forster também concordou com a posição de que há uma “desinformação” sobre as florestas e a agricultura do Brasil. “Às vezes são [críticas] legitimamente equivocadas, às vezes são desculpas para outros interesses”, completou, citando que “países buscam se aproveitar da desinformação” para desestimular as exportações do país.
Além disso o indicado para representar o Brasil nos EUA reafirmou que os incêndios na Amazônia são derivados de queimadas promovidas em áreas já desmatadas, por indígenas e caboclos.
“São métodos de preparação do solo para a agricultura, tradicionais. Usados por essas pessoas. Não é uma questão de criticar esse ou aquele, é uma tradição que é usada e tem um impacto sobre o meio ambiente que deve ser aquilatado, para que tenha o menor impacto possível”, argumentou.