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A Prefeitura de São Paulo, coordenada pelo tucano Bruno Covas, adiou a decisão sobre autorizar a volta às aulas em 3 de novembro para a rede pública e privada na cidade porque pretende aguardar o resultado do censo sorológico, com testes de covid que estão sendo feitos com professores e alunos da rede municipal.
O prefeito havia dito anteriormente que confirmaria o retorno das aulas após o resultado do inquérito sorológico das crianças que foi divulgado nesta terça-feira (13).
A diferença entre os dois exames é que o primeiro será feito em todas as crianças e profissionais que quiserem, já o inquérito é por amostragem. O censo deve testar 777 mil pessoas.
Segundo o Estadão apurou, a ideia da Prefeitura é dar prioridade para a volta às aulas dos que já tiverem anticorpos para o vírus na rede municipal. O resultado desses testes – chamado de censo sorológico – deve sair na semana que vem. “Ninguém aqui discute a importância da educação na vida dessas crianças, mas a saúde vem em primeiro lugar. Somente quando a vigilância sanitária disser que pode se dar essa retomada é que ela será aprovada”, disse Covas, em entrevista coletiva, ao comentar os dados do inquérito sorológico, que indica que quase 65% das crianças que apresentaram anticorpos são assintomáticas. Para o prefeito, este é o “cerne da preocupação da volta às aulas”.
Ele ainda confirmou a informação adiantada pelo Estadão. “Devemos ter para a próxima semana, na quinta-feira da semana que vem, o resultado do censo que estamos realizando com todos os professores e alunos da rede municipal e a decisão sobre as aulas no dia 3 de novembro”, disse o prefeito. Questionado, o secretário municipal da Educação, Bruno Caetano, também falou sobre o assunto. “A prefeitura tem informado nas últimas coletivas que a decisão se dá por um contexto de informações, como inquérito e censo, e outros indicadores da cidade de São Paulo”. Segundo ele, Prefeitura vai se pronunciar novamente no dia 22. “Não há atraso ou adiamento dessa manifestação”, disse Caetano.
Já as escolas particulares teriam autonomia para decidir como voltar com as aulas, depois de autorizadas por Covas. Desde 7 de outubro, elas já vêm oferecendo atividades extracurriculares para 20% dos alunos, por dia, conforme norma da Prefeitura. Segundo estimativas do sindicato das escolas, 80% delas reabriram na semana passada.
Como esse retorno também era voluntário para a rede pública, apenas uma creche municipal foi aberta dia 7. Segundo Caetano, no dia 19, mais 14 escolas municipais devem reabrir. “Repassamos recursos para que elas pudessem se preparar. Elas não estão deixando de retomar por falta de estrutura na cidade de São Paulo”, disse Covas. Cerca de 300 escolas estaduais na capital voltaram a funcionar.
A expectativa para novembro é de que a Prefeitura autorize uma quantidade maior de crianças nas escolas, já que a cidade passou para a fase verde na semana passada. Pelo plano do Estado, depois de 14 dias nessa fase, 70% dos alunos já poderiam estar na escola presencialmente. Mas as cidades podem ser mais restritivas e por isso que a decisão de Covas, que concorre à reeleição, é importante.
*Com informações de O Estadão