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Em artigo publicado nesta sexta-feira (18), o Partido da Causa Operária (PCO) criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) por determinar que Estados e Municípios possam ‘restringir direitos’ para que a população seja obrigada a se vacinar contra a Covid-19.
“A cruzada contra as liberdades individuais do povo brasileiro tomou mais uma fortaleza”, diz trecho do artigo.
O partido de extrema-esquerda também criticou o voto do ministro do STF Marco Aurélio Mello que falou: “O interesse é coletivo. Precisa ser compulsória [a vacina]”:
“A colocação ainda que soe extremamente humanitária é uma carta-branca para qualquer tipo de abuso do poder estatal perante o trabalhador”.
“A burguesia utiliza a “segurança sanitária” da mesma forma que Bush utilizou a tal “segurança nacional” para violar imensas liberdades individuais com Ato Patriótico, e futuramente permitir a espionagem em massa e a tortura de estrangeiros. Contra o “perigo vermelho”, com um discurso tão nobre quanto Bush ou o STF, Hitler aprovou primeiro o Decreto do Presidente do Reich para a Proteção do Povo e do Estado (que nobríssimos objetivos!), mergulhando a Alemanha numa ditadura brutal”.
“Em nome do tal bem comum, eles mataram 6 milhões de judeus e o regime jurídico permitiu isso. Esse decreto [que obrigava a vacinação e foi sancionado no começo do ano] foi passado pela presidência, depois mantido e aprofundado por um congresso de inimigos do povo, do ponto de vista exclusivo da validade jurídica, estas autoridades eleitas teriam mais direito de fazer isso do que 11 ministros que não tem um único voto em urna”, diz outro trecho do artigo do PCO.
“Privar a pessoa de alguns direitos por não se vacinar, seja de ir a escola, de usar o transporte público, de receber um benefício do governo, de usar o SUS, de ter emprego público, não tem diferenças de princípio de obrigá-la forçosamente a vacinar-se, é apenas menos agressivo”.
“A decisão do STF é uma aberração jurídica, o apoio de setores da esquerda a ela é uma aberração política. O fato de que a decisão do STF não é uma busca pelo bem comum mas parte de guerra de quadrilhas, com fortes interesses econômicos e políticos, torna também a posição de setores da esquerda o cúmulo do seguidismo e da ingenuidade”, diz o PCO no final da nota.