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Nesta segunda-feira (1º), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski determinou a retirada do sigilo da ação que tramita na Corte na qual Lula obteve acesso a mensagens da Operação Spoofing.
As mensagens são parte da operação que em julho de 2019 prendeu os hackers que invadiram os celulares do ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro e de integrantes da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.
Na semana passada, Lewandowski determinou o acesso integral de Lula às mensagens apreendidas, depois que a Polícia Federal (PF) não entregou o material de acordo com o que determinava decisão anterior do ministro.
Também na semana passada, procuradores da República, entre eles o ex-coordenador da Operação Lava Jato em Curitiba Deltan Dallagnol, pediram que o ministro reconsidere a decisão.
Os membros do Ministério Público pedem que as mensagens não sejam entregues a Lula ou, caso já tenham sigo entregues, que ele seja obrigado a devolvê-las e seja impedido de utilizá-las. Se a decisão não for reconsiderada, o pedido é para que o caso seja pautado com urgência no plenário do STF.
Lewandowski já havia determinado o acesso de Lula ao teor de parte das mensagens em dezembro, aquelas que tratassem do ex-presidente, direta ou indiretamente, e relacionadas a investigações e ações penais de Lula na 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba ou em qualquer outra jurisdição, ainda que estrangeira.
Ao STF, os advogados de Lula disseram que a ordem de Lewandowski não foi integralmente cumprida. Em novo despacho assinado no dia 22 de janeiro, o ministro determinou que a PF garanta acesso imediato à íntegra das mensagens apreendidas na Spoofing e não apenas as que foram localizadas com Walter Delgatti Neto, apontado como líder do grupo.