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O Ministério Público Federal (MPF) pediu nesta segunda-feira (08) a condenação do ex-ministro petista José Dirceu. Em um processo da Operação Lava Jato, o petista é acusado de lavar dinheiro.
De acordo com as investigações, Dirceu recebeu propina de empreiteiras para facilitar acordos com a Petrobras.
A denúncia do MPF foi aceita pela Justiça Federal em fevereiro de 2018. Até então, o ex-ministro petista se tornava réu pela terceira vez e já havia sido condenado por corrupção em outros processos. Contudo, Dirceu deixou a prisão em novembro de 2019 depois de obter um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal.
Na ação desta segunda-feira, também os procuradores solicitaram à Justiça a punição de Gerson Almada, ex-diretor da construtora Engevix, e do irmão dele, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva.
De acordo com o inquérito do MPF, os valores irregulares eram em decorrência de acertos de corrupção envolvendo contratos da Petrobras, pela ascendência de Zé Dirceu sobre a Diretoria de Serviços da estatal. No caso da Engevix, foram R$ 900 mil em pagamentos à Entrelinhas, empresa que prestou serviços de comunicação ao ex-ministro. Já a UTC pagou R$ 1,5 milhão por supostos serviços de consultoria da empresa do petista, a JD Consultoria, mas sem nenhum serviço prestado.
O processo mostra que os réus utilizaram técnicas de contrainteligência para garantir a impunidade e ainda que a análise dos fatos engloba a existência de um “cartel que se relacionava de forma espúria com diretorias da Petrobras por mecanismo de corrupção que era praticado com elevado grau de sofisticação, envolvendo a realização de acordo prévio e genérico de corrupção que posteriormente era concretizado em situações específicas com a utilização de diversos mecanismos”.