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Nesta semana, o Senado deve se mobilizar para dificultar a permanência do assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, Filipe G. Martins, no governo Bolsonaro.
Os parlamentares marcaram para decidir na terça-feira (30) sobre o requerimento de voto de censura contra Martins, feito pelo senador Fabiano Contarato (Rede-ES), “pelos gestos racistas e preconceituosos usados durante a 19ª Sessão de Debates Temáticos realizada no Plenário do Senado Federal, em 24 de março de 2021”.
O parlamentar de esquerda acusa que Martins fez “gestos compatíveis com um movimento supremacista branco durante o discurso de Rodrigo Pacheco, na audiência em que os parlamentares sabatinavam o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, sobre a condução da pasta diante da pandemia do novo coronavírus”.
Segundo o requerimento, o gesto, registrado pelas câmeras da TV Senado, representa a sigla WP – ‘White Power’–, em português, ‘Poder Branco’. O símbolo tem sido replicado por membros da extrema-direita e por simpatizantes do movimento supremacista branco em protestos e redes sociais.
Em seu Twitter, Filipe rebateu na quarta-feira (24) que apenas arrumava a lapela do paletó. “Um aviso aos palhaços que desejam emplacar a tese de que eu, um judeu, sou simpático ao ‘supremacista branco’. Porque em suas mentes doentias enxergaram o gesto autoritário em uma imagem que me mostra ajeitando minha lapela”.