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Após ocupar um cargo no Palácio do Planalto, o Centrão começa agora a se mobilizar por um nome de seu agrado para a próxima vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A informação é da CNN Brasil.
O Centrão tem feito chegar ao presidente Jair Bolsonaro que o seu preferido, o novo ministro da Advocacia-geral da União (AGU), André Mendonça, “não é a melhor opção”.
O principal incômodo do Centrão com Mendonça é sua gestão na primeira passagem como AGU.
Quando assumiu o comando do órgão, ele promoveu um grupo interno próximo a ele que havia liderado ações de improbidade contra muitos políticos. Por exemplo, contra o então deputado e atual presidente da Câmara, Arthur Lira, e seu pai, o então senador Benedito de Lira. A ação contra os Lira foi movida quando Grace Mendonça era a AGU, em dezembro de 2016.
Nesse sentido, lideranças do Centrão tem alertado o Bolsonaro de que Mendonça pode sofrer uma resistência significativa ao seu nome no Senado.
Segundo a CNN, um outro motivo é o aumento exponencial de representações que ele enquanto ministro da Justiça e Segurança Pública tem feito utilizando-se para a Lei de Segurança Nacional (LSN). Pesa porém a seu favor o fato de ser evangélico.
Evangélicos disseram à CNN que Mendonça atende aos requisitos do grupo, mas que se for indicado será considerado uma indicação pessoal do presidente. Os líderes evangélicos já apresentaram uma lista tríplice: o advogado e desembargador aposentado Jackson di Domenico, do integrante do Ministério Público Federal em Brasília José Eduardo Sabo Paes e do juiz federal William Douglas.
Esse cenário faz com que o Centrão tenha apostado em outros nomes. Uma possibilidade era o procurador-geral da República, Augusto Aras, mas duas fontes disseram para CNN que o próprio Bolsonaro já lhe disse que ele não será indicado agora.
Além de Aras não ser evangélico (ele é católico), Bolsonaro não deseja abrir uma sucessão na PGR que teria alto potencial explosivo tendo em vista o enfrentamento que Aras liderou na instituição, visto como positivo pelo Planalto.
A alternativa seria Humberto Martins, presidente do Superior Tribunal de Justiça, que é evangélico e alagoano como Arthur Lira. Recentemente, Martins abriu um inquérito ilegal contra procuradores da Operação Lava Jato. Ele também já foi delatado por Sergio Cabral e Orlando Diniz.
Sua indicação teria como vantagem abrir mais uma vaga no STJ. Ou seja, o presidente faria duas nomeações em tribunais superiores.
Sob essa ótica, outros ministros da corte também são cotados, como o ex-presidente João Otávio Noronha e Luis Felipe Salomão.