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Nesta quarta-feira(02), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) julga uma denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o governador do Amazonas, Wilson Lima, por fraude na compra de respiradores em uma loja de vinhos durante a pandemia.
Conforme denúncia da PGR, Wilson Lima comandou uma organização criminosa responsável por desviar recursos da Saúde do Estado por meio de prática de peculato, dispensa indevida de licitação e fraude em licitação.
A denúncia foi apresentada, no dia 26 de abril, contra o governador e outras 17 pessoas, entre secretários e empresários, por irregularidades na compra de respiradores durante a pandemia do novo coronavírus.
Se a denúncia for aceita pelo STJ, Wilson Lima virará réu e poderá ser afastado do cargo de governador. A possibilidade de prisão também não está descartada.
De acordo com a investigação, a adega adquiriu os respiradores de uma organização social de saúde por R$ 2,4 milhões e revendeu os equipamentos ao Estado por R$ 2,9 milhões. Após receber os valores do governo do Amazonas, a importadora de vinhos repassou integralmente o lucro para a organização social de saúde.
A Sangria também apontou que servidores da Secretaria de Saúde direcionaram a licitação para a compra de respiradores, sob orientação da cúpula do governo estadual. Em um dos casos, um laudo da PF identificou sobrepreço de 133,67%.