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Em entrevista aos Os Pingos Nos Is da Jovem Pan nesta terça-feira (15), o presidente do Conselho Federal de Medicina, Mauro Ribeiro, falou sobre a situação atual da doença no Brasil e a forma como o CFM vê as medidas estudadas pelo governo e Estados para lidar com a pandemia, como o “passaporte sanitário” e a não obrigatoriedade do uso de máscaras.
Pontuando que não tem conotações políticas nas falas que emite e lembrando que muitos outros países foram atingidos com a pandemia, o presidente do CFM afirmou que o sucesso ou não no enfrentamento à doença independe das ações de governos.
“Estamos nos aproximando aqui no Brasil de meio milhão de mortos. O que atrapalha muito essa discussão é o ambiente que se criou de que existem culpados para as mortes, então as pessoas acusam o presidente da República, acusam os ministros da Saúde que passaram no ministério de genocidas, como grandes responsáveis. O presidente, os ministros, não são responsáveis por morte nenhuma”, pontuou.
O médico lembrou que a politização e as narrativas em torno da doença podem ser prejudiciais e disse que não minimiza os quase 500 mil óbitos, mas lembrou que mais de 17 milhões foram curados após se infectar no país.
Além disso, esclareceu que o Conselho não defende o tratamento precoce da doença, e sim os direitos dos profissionais. “Existem exageros na narrativa, nós podemos discutir a efetividade da hidroxicloroquina e da ivermectina no tratamento precoce da Covid, essa discussão é legítima. Agora, discutir a segurança dessas drogas é querer fazer pouco da inteligência das pessoas. Dizer que hidroxicloroquina ou ivermectina matam, que são substâncias perigosas, vai a uma distância muito grande”, afirmou lembrando que todas as drogas podem ter efeito colateral.