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Na manhã desta quinta-feira (24), o presidente da CCJ do Senado Federal, Davi Alcolumbre, criticou as cobranças que sofreu para marcar a sabatina do ex-AGU e ex-ministro, André Mendonça, ao Supremo Tribunal Federal (STF).
“Tenho sido, em alguns momentos, aqui na Presidência e pela imprensa, criticado pela não deliberação pela comissão, e quero falar uma coisa para Vossas Excelências: o próprio STF decidiu a prerrogativa de cada instituição do Senado Federal. Quando questionado sobre prazos, sobre deliberação, ainda bem, o Judiciário brasileiro definiu a independência e a prerrogativa de cada instituição. Então, está claro: cabe a todos os presidentes das comissões fazer a pauta, porque, senão fosse assim, para reflexão, o Senado poderia fazer as pautas do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça, dos tribunais regionais. Cada presidente tem autonomia e autoridade conferida para fazer a pauta e agenda que é necessária”, disse.
Em outro momento, Alcolumbre também se disse “muito triste” com a cobrança que sofreu. “Fui ofendido pessoalmente, na minha família, e na minha religião, estando dentro da prerrogativa”, resumiu.
“Chegou-se ao cúmulo de transformar uma decisão político-institucional em um embate religioso. É inadmissível isso. Isso me provoca uma profunda indignação, fico muito triste com isso, porque a minha relação com o povo evangélico é extraordinária no meu Estado”, afirmou. Alcolumbre é judeu e Mendonça, evangélico.
“Estou calado há quatro meses ouvindo isso, mas as pessoas que me conhecem no meu Estado e no Brasil sabem que isso nunca foi um embate religioso. E nem deve ser. Faço essa manifestação na abertura da comissão, é uma forma de fazer uma retrospectiva e um desabafo”, acrescentou.