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Em entrevista ao UOL News nesta tarde (15), o pedetista Ciro Gomes disse que nunca chamou o ex-presidiário Lula (PT) de “ladrão”. Ele agradeceu a “solidariedade” prestada petista, que repudiou a operação da Polícia Federal (PF) contra Ciro por um suposto esquema de corrupção nas obras do estádio Castelão entre 2010 e 2013, em Fortaleza (CE).
Na conversa, ele disse que vê relação entre o episódio e a prisão de Lula durante a Operação Lava Jato: “Agradeço o gesto democrático do presidente Lula em denunciar isso que eu sofri. A violência que aconteceu contra mim é para me calar, e eu apenas disse que vou continuar dizendo o que penso. Eu não acho que o Lula seja um ladrão, eu nunca disse isso”.
“O que eu disse é que a denúncia de corrupção que eu continuarei fazendo do Moro [Sergio Moro] e do governo do Lula eu continuarei fazendo. Não há força humana que me faça desertar do meu compromisso de ajudar o povo brasileiro a combater a corrupção”, completou.
Porém, mais cedo, em entrevista para Datena, o pedetista chamou o presidente Jair Bolsonaro e Lula de “ladrões”.
“Vão me insultar, vão me agredir, mas a intenção é exatamente essa, me abater pra que eu seja moderado, pra que eu não continue atacando aqueles ladrões assaltantes da vida pública brasileira, como é o Bolsonaro e como foi o Lula. Continuarei dizendo concretamente quem é ladrão e eu não sou”, disse.
Ciro ainda fez comparações de seu patrimônio com o de Lula: “Meu patrimônio é 1/15 avos do do Lula. Sendo que ele vem de ser metalúrgico e eu sou classe média”.