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Na sexta-feira (18), o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT) defendeu a posição da Rússia na invasão da Ucrânia, que já dura mais de 20 dias. A declaração foi dada durante a comemoração de 76 anos em um restaurante em Brasília.
“A guerra se tornou imperativa para a Rússia, porque ela foi cercada pela Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte] e pelos Estados Unidos. Esse conflito vem de 2008, quando os EUA, pelas mãos da Geórgia, começaram a intervir nos assuntos da federação russa, o que levou Putin a invadir a Geórgia. Agora essa equivocada política de tornar uma Ucrânia neutra, desmilitarizada, com boas relações com a Rússia, uma Ucrânia militarizada, da Otan, com armas e mísseis, o que para a Rússia significa uma declaração de guerra”, declarou.
De acordo com o ex-ministro petista, os EUA “também iniciaram uma escalada contra a China, desde o início do governo Trump, ou seja, os Estados Unidos não admitem um redesenho do mundo. O mundo hoje é multipolar, você não pode desconhecer os países, são países que têm que ter voz nas resolução dos problemas mundiais.”
Segundo o petista condenado, a posição do Brasil no conflito deveria seguir a não-intervenção e em “busca de solucionar o conflitos por meios pacíficos, essa é nossa posição”.
No evento, Dirceu falou ainda sobre a possível aliança entre Geraldo Alckmin, que se filiou ao PSB, e o ex-presidente Lula (PT), e disse ainda que não participará de eventual governo do petista.
De acordo com o ex-ministro da Casa Civil do Governo Lula, agora ele atuará como um militante. “Eu não vou participar do governo, como não participo da direção do PT e nem da campanha. Eu como cidadão, militante político, vou colocar meu grão de areia tanto na campanha como no apoio ao governo”, disse Dirceu.
Ele ainda comentou sobre a possível aliança entre o ex-tucano Geraldo Alckmin, que já anunciou sua ida ao PSB. Alkimin deve ser canforado a vice-presidente na chapa com Lula.
“Acredito que todos aqueles que acreditam que o Brasil deve virar a página do bolsonarismo deve ser acolhido”, afirmou.
Para o ex-ministro corrupto, os partidos devem se unir pelo menos agora, nem que as ideias sejam divergentes após a possível eleição de Lula.