Política

Tabata defende cobrança a ex-aluno de universidade pública que possa pagar

A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) manifestou-se contrária à implementação do PEC 206, que propõe cobrança de mensalidades nas universidades públicas para alunos ricos, mas defendeu alternativas de “retribuição” financeira de ex-alunos, pois segundo ela, o ensino público superior enfrenta “um problema real de financiamento”.

“Como se não bastassem os ataques à lei de cotas e a outras formas de democratização do ensino superior, querem agora autorizar a cobrança de mensalidade em universidades públicas, aumentando ainda mais as barreiras que impedem que muitos acessem o ensino superior”, disse a parlamentar nas redes sociais.

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Em seguida, Tabata Amaral publicou um vídeo de sua participação no podcast “Lança a Braba”, divulgado em fevereiro deste ano. Nele, ela explicou que defende o modelo australiano de financiamento das universidades públicas, que tem como parte das receitas a contribuição de ex-alunos das instituições.

“Se a pessoa, ao longo da vida, atinge uma renda de mais de R$ 40 mil por mês, ela paga um imposto maior para pagar pela faculdade que ela fez. Por que eu gosto desse modelo? Primeiro, se a gente não consegue pagar a faculdade para todo mundo hoje, temos que buscar uma fonte de renda adicional. (…) A sociedade paga para formar médicos, enfermeiros, professores, historiadores, profissões que trazem muito valor para a sociedade, mas que não são reconhecidas financeiramente”, explica Tabata.

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“Consigo imaginar uma sociedade em que um ‘Faria Limer’, em que a médica que vira cirurgiã plástica, vai devolver para a sociedade uma parcela do que ela recebe, porque ela não se fez sozinha. (…) Eu gosto desse modelo porque, para mim, ele é muito justo no sentido de que, a sociedade paga por aquelas pessoas que não são reconhecidas, mas as pessoas que, por causa da sociedade tem salários exorbitantes, elas devolvem pela sociedade como retribuição”, acrescentou.

No Twitter, Tabata reforçou o que disse no podcast, dizendo que “enquanto estuda, o aluno não paga nada”. “Após se formar, só contribui se ultrapassar um limiar de renda. Está desempregado ou recebe um salário baixo: não contribui! Possui um salário alto: contribui”.

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