O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) pediu para a Polícia Federal (PF) ouvir a cúpula da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na investigação sobre suposta prevaricação e violência eleitoral durante o 2º turno das eleições de 2022.
A investigação contra a PRF foi aberta pela Polícia Federal (PF), a pedido do MPF-DF.
Os procuradores apontam supostas irregularidades nas blitz feitas pela PRF no dia da votação.
Eles também alegam demora em desfazer bloqueios em rodovias feitos por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro contra a eleição de Lula (PT).
De acordo com o pedido do MPF, a PF tem que colher depoimento do diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques e de mais cinco diretores:
- Djairlon Moura, diretor de Operações;
- Luís Carlos Reischak Júnior, diretor de Inteligência;
- Wendel Benevides Matos, corregedor-geral e diretor de Controle Interno;
- Marcos Pereira, diretor de Gestão de Pessoas;
- Ismael de Oliveira, diretor de Administração e Logísitica.
A investigação, que é mantida sob sigilo, será comandada pela superintendência da Polícia Federal em Brasília, já que Vasques não tem foro privilegiado.
A PF vai apurar suspeitas de crimes diferentes, relacionados a episódios distintos das últimas semanas indicados pelo MP.
Os policiais federais vão investigar:
- Se a fiscalização de ônibus com eleitores durante o segundo turno das eleições, com ênfase desproporcional na região Nordeste e contrariando decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, respeitou a legislação – e se houve ofensa ao livre exercício do direito de voto;
- Se Silvinei Vasques cometeu crime de prevaricação, por omissão, ao não orientar medidas mais enérgicas para a PRF desobstruir rodovias bloqueadas por atos de caráter golpista após as eleições, nas últimas semanas.