A defesa de Sérgio Cabral vai usar o afastamento do juiz Marcelo Bretas para uma série de novos recursos contra os mais de 10 processos em que o magistrado da Lava Jato decidiu sobre o ex-governador do Rio de Janeiro (RJ).
O objetivo da defesa é anular os processos contra o político provando que eles supostamente foram contaminados por um “juiz parcial”. A informação foi confirmada pelo advogado de Cabral, Daniel Bialski, à CNN Brasil.
“Vamos usar [a decisão do CNJ] pra reforçar o que já tinha sido dito”, disse Bialski à emissora.
“A defesa vai tomar as medidas pra que esta decisão reforce todas as reclamação que a defesa sempre fez por conta da conduta do doutor Bretas à frente dos processos”, completou.
Desde os primeiros recursos, a defesa do ex-governador já questionava o fato de todos os processos contra Cabral caírem nas mãos de Bretas. Eles entendem que isso ofendia o princípio do juiz natural.
Eles entendem que, se for possível mostrar que as decisões que ele tomava eram parciais e influenciadas, isso anularia os processos.
As razões que foram base para o afastamento de Bretas contaminariam os processos conduzidos pelo magistrado.
Em sessão nesta terça (28), o CNJ decidiu abrir um processo administrativo e afastar o juiz Marcelo Bretas, que conduziu os processos da Lava Jato no Rio.
O plenário atendeu ao pedido do Conselho Federal da OAB, que acusava o magistrado de parcialidade. Outras duas acusações com teor semelhante foram julgadas.
