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Sem citar o nome do agora ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, o Palácio do Planalto divulgou uma nota, na tarde desta quarta-feira (19), defendendo punição para todos os envolvidos nos atos criminosos de 8 de janeiro.
Gonçalves Dias pediu demissão do cargo nesta quarta-feira (19). A situação da permanência do general da reserva no cargo se tornou insustentável para o governo depois que ele imagens internas do Palácio do Planalto, divulgadas pela CNN Brasil mais cedo, revelarem o militar dentro da sede do Poder Executivo em meio aos invasores, no dia 8 de janeiro.
Eis a íntegra da nota oficial do Palácio do Planalto:
“A violência terrorista que se instalou no dia 8 de janeiro contra os Três Poderes da República alcançou um governo recém-empossado, portanto, com muitas equipes ainda remanescentes da gestão anterior, inclusive no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que foram afastados nos dias subsequentes ao episódio.
As imagens do dia 8 de janeiro estão em poder da Polícia Federal, que tem desde então investigado e realizado prisões de acordo com ordens judiciais.
No dia 17 de fevereiro, a Polícia Federal pediu autorização para investigar militares e, a partir do dia 27 de fevereiro, com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), tem realizado tais investigações, inclusive com a realização de prisões.
Dessa forma, todos os militares envolvidos no dia 8 de janeiro já estão sendo identificados e investigados no âmbito do referido inquérito. Já foram ouvidos 81 militares, inclusive do GSI.
O governo tem tomado todas as medidas que lhe cabem na investigação do episódio.
E reafirma que todos os envolvidos em atos criminosos no dia 8 de janeiro, civis ou militares, estão sendo identificados pela Polícia Federal e apresentados ao Ministério Público e ao Poder Judiciário.
A orientação do governo permanece a mesma: não haverá impunidade para os envolvidos nos atos criminosos de 8 de janeiro.”