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Em resposta ao Supremo Tribunal Federal (STF), a vice-procuradora-geral da República (PGR), Lindôra Maria Araújo, se manifestou contra o mandado de busca e apreensão na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A PF deflagrou nesta quarta-feira (04) a Operação Verine, que investiga uma suposta organização criminosa acusada de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19.
Lindôra se manifestou contra a realização de buscas e apreensões direcionadas ao ex-presidente e à sua esposa Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama do Brasil.
“Os elementos de informação incorporados aos autos não servem como indícios minimamente consistentes para vincular o ex-presidente da República e sua esposa aos supostos fatos ilícitos descritos na representação da Polícia Federal, quer como coautores quer como partícipes”, argumentou a vice-PGR ao STF.
“Contudo, diversamente do enredo desenhado pela Polícia Federal, o que se extrai é que Mauro Cesar Barbosa Cid teria arquitetado e capitaneado toda a ação criminosa, à revelia, sem o conhecimento e sem a anuência do ex-presidente da República”, continua Lindôra.
Ela ainda afirma que não há “lastro indiciário mínimo” para sustentar o envolvimento de Bolsonaro à atividade de inserção de dados falsos de vacinação nos sistemas do Ministério da Saúde.
Os argumentos da vice-PGR foram ignoradas pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, que determinou a operação de hoje da PF.