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Em pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira (15), o senador Jorge Kajuru (PSB–GO) falou sobre a Operação Penalidade Máxima II, da Polícia Federal, que investiga a atuação de uma suposta organização criminosa especializada em manipular resultados de jogos de futebol profissionais, incluindo o Campeonato Brasileiro das Séries A e B. Para Kajuru, a investigação deve continuar, para punir os envolvidos na máfia das apostas eletrônicas.
— A CBF tinha, sim, que suspender o Campeonato Brasileiro para uma investigação profunda agora — defendeu.
O senador destacou que o Ministério Público de Goiás iniciou as investigações em novembro do ano passado, após denúncia do presidente do Vila Nova Futebol Clube.
— Após cinco meses de trabalho, os promotores concluíram que o esquema criminoso tem dois núcleos distintos. Um é formado pelos apostadores, que aliciam atletas para cometer pênaltis ou receber cartões durante os jogos e fazem as apostas nos sites conhecidos como “bets”. O segundo é o dos financiadores, que dão o dinheiro para o pagamento dos jogadores aliciados — disse.
O parlamentar pediu que as investigações continuem e que os culpados sejam punidos. Para ele, a Polícia Federal precisa ir fundo nas averiguações e o Ministério Público deveria apresentar as denúncias à Justiça, e esta dar celeridade às decisões. O senador ressaltou ainda que um posicionamento da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pode coibir esse tipo de crime.
— A CBF pode agir também, proibindo, por exemplo, que casas de apostas patrocinem clubes e jogadores de futebol. Assim como está acontecendo (e sendo exemplo para o mundo) na Inglaterra, com a proibição de placa de publicidade em camisa de time de futebol, de jogadores de futebol, fazendo comercial e recebendo milhões a cada 30 segundos — afirmou Kajuru.
Fonte: Agência Senado