O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, determinou o encaminhamento para seu gabinete de duas duas ações penais contra o advogado Rodrigo Tacla Duran, que tramitam na 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba.
Toffoli também determinou que a vara permaneça sem proferir decisões sobre o caso do advogado.
A ações contra Tacla Duran foram abertas a partir de investigações da operação Lava Jato. O advogado é réu por lavagem de dinheiro para a empreiteira Odebrecht.
Apontado como um dos operadores das offshores criadas pelo “departamento de propina da Odebrecht”, Tacla Duran teria recebido R$ 36 milhões de empreiteiras investigadas na Lava Jato, entre elas, a UTC, Mendes Júnior e EIT.
O advogado chegou a ficar preso por 3 meses na Espanha. Ele acabou sendo solto provisoriamente depois de recorrer à Justiça espanhola.
Em depoimento como testemunha, prestado em fevereiro de 2017, o advogado admitiu que lavou dinheiro para a empreiteira.
Em março deste ano, o então ministro do STF Ricardo Lewandowski suspendeu a ação penal contra Duran. Agora, Toffoli diz que houve um descumprimento da decisão.
Na prática, seria uma “suspensão” do processo enquanto ele se coloca a par dos processos.
“Verifico que, aparentemente, a determinação de suspensão dos feitos não foi respeitada, mesmo durante o período em que o Ministro Ricardo Lewandoswki oficiava como relator do feito. Isso posto, para melhor análise, determino sejam encaminhadas cópias, na íntegra das ações em trâmite na 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba/PR, quanto dos recursos em sentido estrito, correições parciais e todos os demais incidentes processuais a elas relacionadas, inclusive aqueles de iniciativa de terceiros”, disse o ministro do STF.