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Em entrevista ao UOL nesta quarta-feira (24), o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que, na avaliação dele, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha “grande responsabilidade” de conter os atos do dia 8 de janeiro, em Brasília.
“Politicamente há essa compreensão, e de minha parte há essa compreensão, de que o presidente Bolsonaro [pode ser responsabilizado], pela liderança que representa, uma liderança de direita e com o extremismo de direita aderente a ele. O presidente Jair Bolsonaro tinha uma grande responsabilidade de conter essa mobilização e de evitar que essas coisas acontecessem. Então não há dúvida que o ex-presidente, pela liderança que empreende, uma liderança muito forte que ainda é no Brasil, [tinha] a responsabilidade de poder conter, explicar, valorizar a democracia para seus adeptos e compreender que as discussões políticas devem se dar no mérito delas, mas dentro do debate normal e salutar da política, e não com uma medida de força”, disse Pacheco.
O senador ressaltou na entrevista que o Congresso Nacional teve um “papel muito importante” nestes episódios, ao ter revogado a Lei de Segurança Nacional (LSN), editada durante o regime militar e acrescentado uma série de crimes contra a democracia no Código Penal.
“São crimes, inclusive, pelos quais estes que cometeram estas atrocidades no 8 de janeiro, e antes e depois, responderão, com penas muito mais elevadas do que crimes de dano, de invasão, de crimes contra a honra. Essa foi uma medida muito acertada do Congresso Nacional, providencial mesmo, para evitar a impunidade de crimes contra o Estado de Direito e a Democracia”, afirmou Pacheco.