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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, autorizou que a Procuradoria Geral da República (PGR) faça uma apuração preliminar sobre declarações do empresário Tony Garcia, que alegou ter sido um “agente infiltrado” de Sérgio Moro (União-PR), quando o senador era juiz da Lava Jato.
A decisão de Toffoli está sob sigilo. Tony Garcia é um ex-deputado estadual do Paraná e colaborou com investigações do MP paranaense contra o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB), nas fraudes do Consórcio Nacional Garibaldi e no caso Banestado.
Em entrevistas recentes, o empresário tem dito que atuou como “agente infiltrado” de Moro, responsável pelo caso Banestado, e procuradores do Paraná.
A PGR acionou o STF pedindo uma série de providências sobre o caso. Toffoli autorizou que a Polícia Federal (PF) tome o depoimento de Tony Garcia em 30 dias.
Ficou estabelecido por Toffoli que Tony Garcia deve entregar documentos e eventuais denúncias por ele formuladas, além de indicar encontros e conversas com o então juiz Sérgio Moro e demais membros do MPF que tenham culminado no eventual direcionamento de acordos de delação premiada.
Também foi autorizado pelo ministro do STF o pedido de informações e compartilhamento à Justiça Federal do Paraná sobre eventuais decisões de afastamento dos sigilos telefônicos-telemáticos de Tony Garcia.
Tofolli determinou em junho a suspensão dos processos que envolvem o empresário na Justiça Federal de Curitiba.
O ministro ainda mandou que sejam encaminhadas cópias de “todos os feitos em que ele figure como parte, testemunha ou investigado” ao STF.